Twitter elimina perfis que destratam transgêneros da plataforma

Depois que atualizou a sua política contra o discurso de ódio na plataforma, o Twitter tem sido mais rigoroso e vem eliminando da rede social os perfis que violam suas regras. Nesse contexto, chamou a atenção o trabalho para banir pessoas que destratam transgêneros, além de práticas de assédio e abusos explícitos.

A mudança parece ter acontecido no final de outubro, mas as notícias começaram a circular nesta semana. Além dos já proibidos insultos e mensagens racistas e sexistas, a nova política especifica que entre os discursos não tolerados está “o tratamento errado de gênero ou nome de pessoas trans”. Ou seja, perfis que tratam uma pessoa transgênero com os pronomes errados ou usando o nome anterior à transição a fim de causar constrangimento.

A plataforma também percebeu que as pessoas transgênero são “desproporcionalmente alvo de abusos” na rede social. Um porta-voz do Twitter disse ao The Verge que eles sempre tiveram a preocupação de evitar esse tipo de conteúdo na plataforma, mas os Termos de Serviço foram atualizados este ano com mais detalhes sobre o tipo de discurso não permitido, justamente para facilitar a remoção do conteúdo impróprio.

A nova política inclui mais detalhes sobre outros tipos de violência proibidas na plataforma, como o envio de “mídias que retratam vítimas do Holocausto” ou “mídia que descrevem linchamentos” para outro usuário. As regras também proíbem certos usos de imagens, que incluem “imagens que retratam os outros como menos que humanos, ou alteradas para incluir símbolos de ódio, e alterar imagens de indivíduos para incluir características animalescas”.

A atualização recebeu a atenção do público alguns dias depois que o Twitter suspendeu a conta da jornalista e escritora Meghan Murphy, que acabou violando as regras de conduta da rede social referindo-se repetidamente a uma mulher trans como homem e perguntando “qual é a diferença entre um homem e uma mulher trans?”.