Depois de “Natal fraco”, Apple diminui expectativa de receita no trimestre
Queda do consumo no mercado chinês é o principal fator por trás da queda na receita da empresa
A Apple deve fechar seu último trimestre de 2018 como o mais fraco no balanço geral do ano. Em carta aos investidores, a empresa revisou para baixo a receita do trimestre, estimado em uma receita de US$ 84 bilhões. A estimativa anterior chegava aos US$ 93 bilhões.
Segundo o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, o resultado deve-se às vendas mais fracas do iPhone, especialmente na China: “Embora tenhamos antecipado alguns desafios nos principais mercados emergentes, não previmos a magnitude da desaceleração econômica, particularmente na China” afirma o CEO.
Tim Cook também diz que a economia da China começou a desacelerar no segundo semestre de 2018, com o governo chinês registrando seu crescimento do PIB durante o trimestre de setembro como o menor observado em 25 anos. Além do fator China, a valorização do dólar e a restrição nas vendas de produtos como o Apple Watch Series 4 e o MacBook Air também contribuíram para o resultado.
Todas as outras métricas de orientação a empresa, como despesas operacionais, outras receitas, despesas e alíquotas de impostos, permaneceram praticamente inalteradas.
Apesar do anúncio, a Apple teve outras boas notícias. Segundo a empresa, foram colocados em uso mais de 100 milhões de novos aparelhos da marca. Todos esses dispositivos podem ser usados para comprar serviços da Apple, que muitos vêem como o principal impulsionador de receita da empresa no futuro. Em outras palavras, as vendas de serviços, como a Apple Music e o iCloud, geraram mais de US$ 10,8 bilhões em receita durante o trimestre.
Para os analistas, os investidores esperam que a Apple demonstre um caminho de volta ao crescimento. Até lá, as ações da empresa podem continuar caindo, como aconteceu no dia da divulgação da carta.