Inteligência artificial já consegue detectar Alzheimer até seis anos antes do diagnóstico
Pesquisa da Universidade da Califórnia aponta como a IA pode ajudar no tratamento precoce da doença
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia mostra que inteligência artificial pode acelerar o diagnóstico de Alzheimer, ajudando assim no tratamento precoce da doença.
A pesquisa, publicada na Radiology, usou um tipo de mapeamento cerebral com um algoritmo de aprendizado de máquina, que aprendeu a diagnosticar o estágio inicial da doença de Alzheimer cerca de seis anos antes que um diagnóstico clínico pudesse ser feito.
Segundo Jae Ho Sohn, principal pesquisador do estudo, um dos maiores problemas do Alzheimer é que quando os sintomas clínicos se manifestam e o diagnóstico é feito, muitos neurônios já morreram, o que torna a doença irreversível. Assim, o diagnóstico feito com IA pode dar aos médicos um avanço importante no tratamento da doença degenerativa.
Sohn e sua equipe monitoraram os níveis de glicose no cérebro, porque a glicose é a principal fonte de combustível para as células cerebrais. Uma vez que as células adoecem, elas param de usar a glicose. No entanto, as mudanças são sutis – pelo menos para o olho humano.
O pesquisador treinou o algoritmo em exames de pacientes que acabaram sendo diagnosticados com doença de Alzheimer, comprometimento cognitivo leve ou nenhum distúrbio, e o algoritmo começou a descobrir como prever a doença de Alzheimer. O acerto foi de aproximadamente 92% no primeiro teste e 98% no segundo, fazendo previsões corretas em média 75,8 meses antes do paciente receber o diagnóstico de Alzheimer.
Embora o algoritmo ainda não esteja pronto para uso clínico, essa já é uma linha pode ajudar os médicos a começarem a tratar os pacientes muito antes da doença progredir.