McLaren aposta em F1 com pilotos conectados à inteligência artificial em 2050
Empresa acredita que em 30 anos, campeonato será transformado pela inteligência artificial (IA), autonomia dos carros e realidade mista
A McLaren mostrou como a empresa acredita que serão as corridas de Fórmula 1 daqui há 30 anos, com um campeonato transformado pela inteligência artificial (IA), autonomia dos carros e realidade mista.
A empresa prevê um conceito de carro elétrico com tração traseira de 500km/h alimentado por uma bateria dobrável moldada no pacote aerodinâmico. “Esperamos que o carro do grande prêmio do futuro ainda tenha quatro rodas, uma traseira e um humano no cockpit. Mas é aí que as semelhanças terminam”.
De acordo com as pesquisas da empresa, o uso de inteligência artificial será forte. Os pilotos estarão conectados à IA através de um elo no capacete e de sensores dentro do macacão de corrida. A tecnologia faria o papel de prever as preferências e o estado de espírito do motorista, fornecer estratégias de corrida em tempo real e informações importantes por meio de uma exibição head-up holográfica.
“As corridas podem se tornar uma incubadora para o desenvolvimento da IA, assim como para a simulação, o big data e a ciência dos materiais”, diz o relatório da McLaren. “O motorista do futuro receberá menos informações do pitwall e contará com um co-piloto de inteligência artificial. A engenharia de uma IA, sempre poderosa e intuitiva, será um diferencial de desempenho significativo em corridas de grande prêmio até 2050”.
Os carros elétricos tendem a ser um caminho certo, principalmente pela questão de emissão zero de carbono em todo o mundo. Já as cidades inteligentes também poderão mudar a dinâmica das pistas de corridas: “Por quê confinar os carros do Grand Prix de amanhã às pistas de hoje? O grande prêmio italiano de 2050 ainda passaria pelo coração de um dos maiores parques históricos da Europa, mas pelas ruas do centro da cidade de Milão, em vez do parque de Monza. As cidades inteligentes darão a chance de colocar as pistas nas portas das pessoas”, afirma o relatório.
Assim como suas projeções para o futuro, o conceito de 2050 da McLaren coloca os fãs da F1 no centro da ação. Além de convocar especialistas em diversas profissões durante o processo de pesquisa, a empresa procurou fãs para perguntar o que esperam da corrida em 2050.
Alguns entusiasta do esporte preveem que uma evolução na tecnologia e o impacto do transporte autônomo poderiam reduzir a direção, de forma geral, a um hobby de nicho. Portanto, poderia haver um aumento de pessoas querendo participar do esporte, e não só assistir, como forma de substituir sua conexão emocional com a direção.