Spotify agora vai punir quem usa ad blockers na plataforma
Usuários que forem pegos usando ferramentas do tipo podem ter as contas suspensas ou mesmo deletadas pela empresa
Em tempos onde os anúncios digitais podem ser a salvação de empresas que trabalham com internet e o pavor dos usuários, os ad blockers se tornaram uma questão polêmica no meio digital. Se aos olhos dos “civis” estes plugins soam como ideais para aliviar a experiência com a rede mundial de computadores de uma enchente publicitária, as grandes empresas sofrem para combater estas ferramentas de forma a permitir que seus negócios prosperem – tanto que há quem esteja disposto a banir de vez o uso dos bloqueadores de sua plataforma.
Quem resolveu aderir à metodologia extrema agora foi o Spotify, que em um e-mail enviado aos usuários declarou hoje (8) que a partir do próximo dia 1° de março todo e qualquer tipo de ad blocker está oficialmente fora de cogitação de uso no serviço. E a punição é severa: usuários que forem pegos usando ferramentas do tipo na rede social terão suas contas suspensas ou até mesmo deletadas em caráter imediato. O mesmo vale para “bots e atividades fraudulentas de streaming”.
A medida faz sentido se considerar que os ad blockers é desde sempre um problema recorrente da plataforma. Em março do ano passado, o Spotify relatou que cerca de 2 milhões de usuários usavam plugins do tipo na versão grátis do streaming, o que parecia suficiente para complicar o caixa na seção de publicidade do aplicativo.
A ação também prossegue uma espécie de grande reorganização dos negócios que a empresa vem aplicando na última semana. Além de ter declarado em seu relatório trimestral que pela primeira vez na história a companhia gerou lucros aos investidores, o Spotify também anunciou na quarta a aquisição da Gimlet e da Anchor, duas das maiores empresas na área de podcast atualmente.