Contra todas as probabilidades, “The Walking Dead” vai ganhar uma segunda série derivada
Novo spin-off do seriado chega em 2020 e solidificará plano da AMC em manter a marca ativa na programação durante quase todo o ano
“The Walking Dead” pode não estar em seu auge já há uns dois ou três anos, mas a inegável popularidade da série baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman aparentemente foi o suficiente para o canal AMC dobrar sua aposta na produção. Em uma reunião com anunciantes, a emissora confirmou os rumores e anunciou a produção de um segundo seriado derivado da marca.
Ainda sem título divulgado, a produção será lançada em 2020 e se juntará ao atual “ecossistema” da série, que além da própria “The Walking Dead” ainda conta com o primeiro spin-off “Fear The Walking Dead” e o talk show “Talking Dead”. De acordo com representantes do canal, o novo derivado será protagonizado por duas jovens mulheres que fazem parte da primeira geração a passar da fase adolescente para a adulta durante o apocalipse, no que é definido pela AMC como um “coming of age”.
A chegada deste novo produto acontece num momento um tanto bizarro da série, que apesar das inúmeras críticas e da irregularidade geral da audiência vem se mostrando a mais poderosa ferramenta de marketing da emissora. Mesmo apresentando uma queda de 74% de público em relação ao ápice da produção em seu quarto ano, a oitava temporada foi capaz de manter “The Walking Dead” como o segundo seriado de drama mais popular da TV estadunidense, ficando atrás só de “This Is Us” – o que deve levar a emissora a acreditar que este declínio nos números é culpa da redução de alcance do próprio meio.
Para a AMC, a chegada do segundo spin-off representa uma chance de explorar o máximo desta popularidade. De acordo com a recém-empossada presidente da emissora Sarah Barnett (que assumiu o cargo em outubro do ano passado), a nova produção permitirá que “The Walking Dead” se mantenha na programação da emissora desde a época do Super Bowl até o dia de Ação de Graças, o que garante uma janela de quase 10 meses de conteúdos envolvendo séries de zumbis.
É uma medida que também ajuda a AMC a se manter viva num cenário onde grandes conglomerados de mídia já são realidade no mercado, graças às confirmações da fusão da AT&T com a Warner e da compra da Fox pela Disney. Além de “The Walking Dead”, o canal transmitirá simultaneamente nos EUA produções estrangeiras de terceiros, incluindo aí a segunda temporada da britânica “Killing Eve” que teve imenso sucesso no país.