Cientistas imprimem coração 3D utilizando células do paciente
Modelo do tamanho de um coração de coelho possui células, veias, ventrículos e câmaras próprios e em breve poderá ser testado em animais
Em 2017, começou-se a discutir a possibilidade de cientistas utilizarem a tecnologia da impressão 3D para resolver um dos maiores problemas da medicina: o transplante de órgãos. A solução seria ideal para resolver problemas de incompatibilidade, as longas filas de espera por doação e coisas do tipo.
Em 2016, pesquisadores espanhóis apresentaram o primeiro modelo de impressora 3D capaz de produzir pele humana. Com um tecido que replica a epiderme e age como produção contra o ambiente, os cientistas alcançaram um novo patamar no estudo biológico por uso de equipamento de impressão 3D.
Agora, cientistas da Universidade de Tel Aviv conseguiram algo ainda mais surpreendente. O grupo obteve sucesso em um experimento para imprimir o primeiro coração totalmente 3D, que utilizou células e material biológico de um paciente. A revolução médica, que foi publicada no Advanced Science, um dos mais importantes periódicos da medicina, conseguiu produzir o órgão em sua completude, incluindo células, vasos sanguíneos, ventrículos e câmaras.
O processo começou com a biópsia de um tecido adiposo de um paciente do hospital da universidade. O material celular foi usado para a impressão. Os cientistas conseguiram, então, imprimir o órgão com todas as suas complexidades. Há um porém: o órgão impresso ainda não está no formato ideal para o uso em um corpo humano pois é muito pequeno, possuindo o tamanho de um coração de coelho.
Todavia, todo o projeto parece entrado em criar corações utilizáveis a médio e longo prazo. O modelo menor foi apenas um protótipo para testar a efetividade da máquina e do projeto que utiliza tecidos. É provável que, em breve, transplantes do tipo possam ser feitos em animais e, quem sabe, em humanos.