Google é acusado de acessar registros médicos de pacientes de hospital nos EUA
Informações incluem peso, altura, detalhes sobre doenças e até os procedimentos médicos já realizados pelos pacientes, incluindo transplantes e abortos
O Google está sendo acusado de acessar registros médicos de milhares de pacientes de um hospital nos Estados Unidos. As informações incluem peso, altura, detalhes sobre doenças e até os procedimentos médicos já realizados pelos pacientes, incluindo transplantes e abortos.
Segundo o The New York Times, o processo em questão refere-se a um acordo feito em 2017 entre o Google e o Centro Médico da Universidade de Chicago, que também virou réu. O acordou permitiu o acesso do Google a registros de pacientes da Universidade de Medicina de Chicago entre 2009 e 2016.
Segundo a empresa, os dados seriam usados para desenvolver novas ferramentas de inteligência artificial, a fim de prever “com precisão os eventos médicos – como os pacientes serão hospitalizados, quanto tempo ficarão e se a saúde deles pode piorar”, diz o comunicado do Google da época.
O processo coletivo afirma que acabou não desenvolvendo nada disso, e os registros “colocam a privacidade dos pacientes em grave risco”. Legalmente, a acusação é que o Google recebeu registros de quando os pacientes foram internados e, posteriormente, dispensados do centro médico, o que é pode ser considerado uma violação do regulamento federal de privacidade de dados de saúde dos Estados Unidos.
O Google não é a única gigante da tecnologia a olhar para os serviços médicos. Nos últimos anos, empresas como Microsoft e Apple também anunciaram projetos com a promessa de ajudar na organização de dados médicos e usar essas informações para desenvolver novas ferramentas de diagnóstico de IA.
O Google e o Centro Médico da Universidade de Chicago negam as acusações apresentadas no processo.