Revista MAD fechará as portas nos Estados Unidos
Principal publicação satírica do mercado deixará de contar com material inédito à partir de sua 11° edição, passando a reeditar conteúdos de seu acervo para distribuição em lojas de quadrinhos e assinaturas
Após 67 anos de vida, a revista MAD está encerrando suas atividades nos Estados Unidos.
De acordo com o Hollywood Reporter, a publicação criada em 1952 por Harvey Kurtzman e William Gaines deixará de ser vendida em seus pontos habituais de comércio após a publicação da edição 9, passando a ser disponibilizada apenas em lojas especializadas de quadrinhos e assinaturas. O fim real e oficial, porém, virá depois da 10° edição, que será a última a contar com material inédito em suas páginas; a partir daí, com a exceção de publicações de fim de ano a revista será composta apenas de conteúdos reeditados de seu rico acervo histórico.
A confirmação do fim da MAD acontece poucos dias depois de Dan Telfer ter divulgado em suas redes sociais que estava sendo demitido da posição de editor sênior da revista, além de uma tentativa de reiniciar a numeração em junho do ano passado. Responsável pela produção do título, a DC Entertainment já confirmou que continuará publicando livros e coleções especiais da marca mesmo depois do fechamento.
Lançada inicialmente como uma revista em quadrinhos por um grupo de editores, a MAD logo se converteu na principal publicação satírica do mercado, fazendo graça sobre o que quer que estivesse acontecendo no noticiário e sempre contando com o rosto cartoonizado de Alfred E. Neuman nas suas capas. A revista se tornou uma referência constante na lista de influências de diversos artistas, incluindo comediantes, escritores, produtores e performers – alguns, inclusive, já demonstraram nas redes sociais sua tristeza ao saber da notícia do fim da publicação, incluindo o humorista Weird Al Yankovic e o cineasta Chris Miller.
No Brasil, a revista MAD começou a ser publicada em 1974 pela editora Vecchi, mas começou a contar com material original à partir de 1984 quando os direitos foram assumidos pela Record, se alternando entre momentos de grande sucesso e interrupções na veiculação. Depois de passar pela Mythos e a Panini, a versão nacional deixaria de ser publicada de vez em 2016. Principal editor da revista no país, o quadrinista Ota Assunção lamentou o fim da MAD em suas redes sociais: