Tudo o que você deve saber sobre o HBO Max, novo serviço de streaming da WarnerMedia
Plataforma pretende unir todas as produções da companhia na TV e no cinema em um único catálogo com o selo de qualidade HBO
A WarnerMedia anunciou oficialmente no fim da tarde de ontem (9) o HBO Max, seu mais novo serviço de streaming que promete servir de guarda-chuva maior a todos os seus estúdios, canais e plataformas pré-existentes.
Com lançamento marcado para o primeiro semestre de 2020, o Max foi desenvolvido pela companhia como sua grande aposta no futuro disputado do mercado de streaming, competindo diretamente com outras plataformas gigantes como a Netflix, o Disney+, o Apple TV+, o Amazon Prime Video, o Hulu e o serviço ainda sem nome da Comcast.
Além de confirmar o projeto, a empresa também divulgou num rápido vídeo oficial o logo da plataforma, que deve ser apresentada a princípio como uma nova expansão do conteúdo da HBO.
É uma noção que o próprio presidente da companhia Robert Greenblatt busca passar no anúncio do serviço, pelo menos. “O HBO Max reunirá a rica diversidade da WarnerMedia para criar uma programação e experiências de usuário nunca vistas antes numa plataforma de streaming. O catálogo de primeira classe da HBO lidera o caminho, com sua qualidade sendo o princípio a ser seguido por todos os Max Originals, nossas grandes aquisições e o que há de melhor na biblioteca da Warner Bros.” escreve o executivo na divulgação, onde também confirma que a plataforma será comandada criativamente por Casey Bloys (presidente da HBO) e Kevin Reilly junto de Tony Gonçalves e Andy Forssell, dupla responsável pela estrutura digital do Max.
Embora seja divulgado como uma expansão do seu canal premium, o HBO Max deve servir mais como ponto de encontro de todos os braços da WarnerMedia, sejam eles de TV ou cinema. A plataforma, por enquanto, reúne as produções dos estúdios Warner Bros., DC Entertainment e New Line Cinema com os catálogos da HBO, Cartoon Network, TNT, Adult Swim, CNN, TBS, Turner Classic Movies, Crunchyroll e Rooster Teeth. Lançado em meados do ano passado, o DC Universe é o único serviço que ainda não teve seu envolvimento com a plataforma confirmado, ainda que a Warner já tenha esclarecido que o serviço continuará a existir.
Este plano já vem sendo desenvolvido há algum tempo pela empresa, mais exatamente desde que a Warner passou pelo processo de fusão com a AT&T em junho de 2018. Pensado de início para o fim deste ano, a plataforma surgiu do desejo dos novos executivos da companhia em bater de frente com a Netflix a partir do selo de qualidade da HBO, promovendo a experiência do canal de “horas ao mês” para “horas ao dia” nas próprias palavras do atual CEO John Stankey.
Na prática, a WarnerMedia está buscando este espaço na vida do consumidor à partir do oferecimento de um vasto catálogo que, de acordo com o anúncio oficial, deve contar com até dez mil horas de conteúdo só no lançamento.
Este esforço inclui a exclusividade de exibição de séries muito amadas do público como “Friends”, cujos direitos únicos de distribuição foram tomados de volta pela companhia após esta se comprometer a pagar durante cinco anos o valor anual de 85 milhões de dólares, começando em 2020 quando acaba o acordo de exibição em concorrentes como a Netflix.
A própria Netflix confirmou a saída de “Friends” de seu catálogo em um tweet publicado na conta oficial da empresa:
Além da sitcom, outras produções que devem ser mantidas exclusivamente dentro do HBO Max no streaming são “Um Maluco no Pedaço”, “Pretty Little Liars” e todo o catálogo de novas séries do CW a partir deste segundo semestre, incluindo “Batwoman” e a “Katy Keene”, que servirá de derivado de “Riverdale”.
Além da programação de terceiros e os direitos de exibição destas produções, a WarnerMedia também está desenvolvendo um verdadeiro hall de conteúdos originais para o HBO Max. O serviço, por exemplo, contará respectivamente com quatro e dois filmes produzidos por Greg Berlanti e a Hello Sunshine, de Reese Whiterspoon, em seu catálogo, além de séries baseadas em “Gremlins” e na adaptação de “Duna” que Denis Villeneuve prepara para o ano que vem.
Outros seriados já confirmados pela companhia são “Tokyo Vice”, sobre a rotina de policiais na capital japonesa com Ansel Egort no papel titular; “The Flight Attendant”, suspense estrelado por Kaley Cuoco e produzida por Berlanti; “Love Life”, uma comédia romântica estrelada por Anna Kendrick e produzida por Paul Feig; “Station Eleven”, drama pós-apocalíptico comandado por Hiro Murai; “Made for Love”, uma adaptação de um romance tragicômico pelas mãos de S.J. Clarkson; e “Crime Farm”, drama produzido por Nicole Kidman sobre um casal de especialistas em ciência forense.
Mas… e os preços?
Embora a WarnerMedia não tenha feito nenhum pronunciamento oficial sobre o tema, já circula na mídia desde o começo de junho a informação de que a tabela de preços da assinatura do HBO Max deve ficar em torno de 16 e 17 dólares, um valor mensal que deixaria a plataforma num patamar muito mais caro que o da Netflix, que hoje vende seu catálogo na faixa dos 13 dólares nos Estados Unidos.
Teoricamente, a empresa tentaria emplacar o Max neste preço com a estratégia de vendê-lo num pacote que incluiria ainda o acesso aos canais Cinemax e HBO.