“Longe de Casa” se torna o 1° filme do Homem-Aranha a fazer 1 bilhão de dólares na bilheteria
Graças em parte à China, 2019 não para de ser excelente para o Marvel Studios
2019 pode estar se tornando um dos melhores da história da Disney conforme a sensação geral é de que tudo que o estúdio põe nos cinemas vira uma mina de ouro instantânea, mas a real é que quem passa pelo melhor momento de sua trajetória este ano é o Marvel Studios. Além de ver “Vingadores: Ultimato” se tornar a maior bilheteria da História sob altíssima aprovação geral do público, a empresa possuída pela Disney ainda viu seus outros dois lançamentos darem um excelente retorno, incluindo aí “Capitã Marvel” que se tornou o primeiro filme de super-herói protagonizado por uma mulher a entrar pro “clube do bilhão” – o nome dado à lista de produções que alcançaram a marca de 1 bilhão de dólares de bilheteria.
Mas as boas notícias simplesmente não param para o estúdio comandado por Kevin Feige. Agora foi a vez de “Homem-Aranha: Longe de Casa”, a continuação das aventuras do amigão da vizinhança estrelado por Tom Holland, a também entrar pro clube do bilhão, marcando a primeira ocasião em que um filme estrelado pelo herói aracnídeo alcança o feito. De acordo com o Hollywood Reporter, a sequência bateu a meta na última terça-feira, 23 de julho, e no momento acumula uma receita de 1,005 bilhões de dólares – sendo que 672 milhões vem de mercados fora dos Estados Unidos.
É também graças à estratégia comercial do Marvel Studios que a Sony vê um de seus projetos bater a meta – o primeiro foi com “007 – Operação Skyfall”, no já distante ano de 2012. E ainda que o projeto seja gerido por uma companhia da empresa de Mickey, “Longe de Casa” também é o primeiro filme que não é lançado pela Disney a fazer um bilhão na bilheteria desde que a Universal alcançou a marca com “Jurassic Park: Reino Ameaçado” no meio do ano passado.
Se isso não basta, o filme é apenas o terceiro lançamento de 2019 a chegar ao valor – e se você prestou atenção, já sabe que os outros dois são os seus companheiros no estúdio. O pior é que o próximo filme do ano a chegar à bilheteria de um bilhão é também da Disney, o remake de “Aladdin” que está prestes a cruzar a barreira nos próximos dias e se tornar a 41° produção a conseguir o feito no mercado.
Assim como com “Capitã Marvel”, os analistas creditam parte do sucesso de “Longe de Casa” à ligação com “Ultimato”, mas a verdade é que o grande responsável por números tão estarrecedores é a China, que continua a produzir quantidades obscenas de bilheteria para filmes de super-herói. De acordo com a Forbes, o último ano mudou a concepção de uma “recepção tradicional” no país para o gênero, com filmes como “Aquaman”, “Venom” e as próprias produções do Marvel Studios explodindo com uma ferocidade muito maior que antes. Se o herói aquático da DC Comics fez 298 milhões de dólares nos cinemas chineses, “Homem-Formiga e a Vespa” meses antes tinha “batido recordes” ao fazer 123 milhões, superando a média de até então 110 milhões para obras do tipo.
O curioso é que este fenômeno se restringe mesmo a aventuras de super-heróis, como comprovam as performances abaixo do esperado de produções do porte de “Godzilla II: Rei dos Monstros”, “Alita: Anjo de Combate” e “Pokémon: Detetive Pikachu”, que ficaram nas marcas tradicionais de entre 90 e 130 milhões de dólares. A grande questão no território agora mora com “Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw”, que a Universal espera estourar da mesma forma no país e que se der certo pode se tornar a exceção à nova regra na China.
A Disney, enquanto isso, rola em dinheiro. Para se ter uma ideia do império que o estúdio construiu este ano nas bilheterias, no último final de semana os dados indicavam que dos quase 15,9 bilhões de dólares arrecadados com a venda de ingressos em 2019, cerca de 7 bilhões pertenciam à empresa do rato.
E ainda há “Frozen 2” e “Star Wars: A Ascensão Skywalker” para estrear no circuito…