Johnson & Johnson expõe obras de arte feitas com fios cirúrgicos
Técnica de String Art, que geralmente utiliza fios de lã como matéria-prima, usou 13 mil metros de fios de sutura para a exposição “Life Threads Portraits”
O artista Zen Palagniuk, residente nos Estados Unidos, recebeu um desafio inédito: usar os fios de sutura da Johnson & Johnson Medical Devices, divisão da J&J especializada em dispositivos médicos, como matéria-prima para fazer dois retratos de pacientes que tiveram suas vidas transformadas após passarem por procedimentos cirúrgicos.
Utilizando a técnica de String Art, Zen produziu em menos de 30 dias dois quadros de 0,70 x 100 cm, com 13 mil metros de fios de sutura e 16 mil pregos.
O artista usou o conceito #AlémDoProcedimento para criar os retratos de pacientes com histórias de superação. Intitulada “Life Threads Portraits”, a exposição foi realizada em Orlando, nos Estados Unidos, para cerca de 300 cirurgiões de diferentes países da América Latina durante o Latin American Forum – LAF, evento médico de treinamento cirúrgico.
Entre os pacientes escolhidos para a homenagem está o bebê argentino Tomás, que foi operado ainda no útero da mãe após o pré-natal apontar um problema congênito conhecido como espinha bífida do tipo mielomeningocele, uma doença rara na qual a medula espinhal não se desenvolve adequadamente. Hoje, com 2 anos, Tomás é uma criança saudável.
A outra paciente retratada no trabalho de String Art é a paulista Paula Bastos, jornalista e influenciadora body positive, que seguiu a recomendação de sua equipe médica para cirurgia bariátrica após ser diagnosticada com hipertensão e pré-diabetes.
A técnica de String Art, que geralmente usa fios de lã como matéria-prima, é conhecida por formar composições harmônicas com fortes demarcações de luz e sombra. “Existe uma afinidade muito grande entre a arte e o cuidado com a saúde. Posso ver como a arte ajuda na recuperação de pacientes, ou seja, os temas estão ligados. Gostei muito deste processo de criação e coloquei minha alma no projeto. Espero que as pessoas vejam as obras por um ângulo diferente, mais humano, porque cada vida importa”, relata o artista.