Tesla ouve críticas da PETA e passa a fabricar veículos sem couro na parte interna
Model 3 da fabricante a partir de agora será produzido com couro 100% sintético em seu interior
Há anos a PETA pressiona as principais montadoras do mercado automobilístico para que elas parem de usar couro animal no estofamento interno de seus veículos. O assunto, porém, nunca ganhou a devida atenção e poucas grandes empresas do mercado se movimentaram para trabalhar em uma modernização que atenda às demandas da ONG dedicada a proteger os direitos dos animais.
A Tesla, montadora famosa por seus modernos veículos elétricos e cheios de tecnologia de ponta, acaba de abraçar a causa e se tornar pioneira na criação de veículos que respeitem as causas animais. Segundo o The Verge, a gigante que tem Elon Musk como um de seus principais diretores criativos acaba de anunciar que o seu próximo modelo, o Tesla Model 3, não terá nenhuma parte de couro em seu estofamento interno.
A novidade foi anunciada primeiro pela própria Tesla, em seu Twitter. No post, a empresa mostra o visual do novo modelo com uma imagem de uma vaca na tela de comando de bordo do carro e a informação de que o interior do Model 3 é agora 100% livre de couro.
Há anos a PETA já trabalhava em parceria com a Tesla para desenvolver um couro sintético específico para carros. A ONG também pressionou e sugeriu mudanças para marcas como a General Motors, a Toyota e a Volwswagen, mas, até o momento, apenas a Tesla se engajou na causa. Apesar de o primeiro veículo oficialmente sem couro só ser anunciado agora, a Tesla já oferecia, anteriormente, a opção para que seus clientes comprassem modelos com couro sintético. Agora, porém, a mudança valerá para todos os compradores dos futuros modelos.
Como dito, grupos ativistas das causas animais já pressionavam as grandes montadoras por mudanças efetivas há algum tempo, e o próprio Elon Musk, que é CEO da Tesla, havia prometido abraçar a causa. Mesmo que não seja uma revolução mercadológica, a mudança da Tesla de fato abre porta para mudanças mais significativas.