Code of Conscience, o software de código aberto criado pela AKQA para ajudar a Amazônia
Software usa dados de mapeamento de código aberto do Banco de Dados das Nações Unidas sobre Áreas Protegidas e quer restringir o uso de veículos pesados em áreas como a Amazônia
Em colaboração com ONGs globais, a agência AKQA lançou um software de código aberto chamado Code of Conscience, ou Código de Consciência, na versão em português. A ideia é restringir o uso de veículos pesados em áreas protegidas, como a Amazônia.
O Code of Conscience usa dados de mapeamento de código aberto do Banco de Dados das Nações Unidas sobre Áreas Protegidas – atualizado mensalmente por ONGs, comunidades e governos – em conjunto com a tecnologia de rastreamento GPS instalada em veículos de construção, para restringir as equipes de desmatamento de entrar nas zonas protegidas.
Um pequeno chip de baixo custo foi desenvolvido para equipar o código em modelos mais antigos, sem GPS, e o software está disponível gratuitamente para todos no CodeofConscience.org.
Para divulgar o projeto, a AKQA lançou um vídeo com o Raoni Metuktire, líder dos Kayapó, que faz um apelo apaixonado para sensibilizar as pessoas a ajudarem na causa de salvar as florestas: “Que todos os fabricantes e líderes de máquinas pesadas venham ver isso. Para que os tratores operem, mas parem quando chegarem na nossa terra, nossa floresta e assim continua a existir. É para nossa consciência e para a floresta se levantar”.
Hugo Veiga, diretor executivo de criação da AKQA, ressalta que a destruição ilegal da natureza afeta a todos: “O Código de Consciência agora convida os fabricantes de veículos pesados a se tornarem parte da solução para esses problemas globais críticos. E é claramente economicamente viável; embora possa deter alguns operadores que desejam violar as leis ambientais, atrairá um número crescente de organizações responsáveis que reconhecem o valor estratégico no apoio à floresta tropical em meio a um mundo cada vez mais consciente do meio ambiente”, explica.
O Código de Consciência foi desenvolvido em parceria com o Instituto Raoni, que representa o grupo indígena Kayapó e sua missão de impedir a destruição da Amazônia, além do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do Instituto Peabiru, que promove a diversidade social em toda a região.