À beira da falência, Forever 21 entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Rede deve sair dos mercados europeus e asiático e fechar mais de 300 lojas nos Estados Unidos; no Brasil, operação deve continuar normal por enquanto
Principal loja de varejo na tendência “fast fashion” do mundo da moda, a Forever 21 entrou com pedido de recuperação judicial neste domingo (29) nos Estados Unidos para tentar evitar a falência de seu negócio. Atualmente com mais de 800 lojas espalhadas pelos Estados Unidos, América Latina, Europa e Ásia, a companhia deve passar por um processo de reestruturação que deve desencadear no fechamento de 300 a 350 lojas só no território estadunidense.
De acordo com o comunicado oficial da empresa, além desta redução a Forever 21 também deve sair inteira dos mercados europeu e asiático, mantendo operação apenas no México e no resto da América fora dos EUA. Ao G1, a companhia afirma que deve trabalhar com consultores para “determinar qual será a estratégia e o plano futuros” no Brasil, mas a princípio continuará operando no país.
Na matriz principal, o plano também é manter o funcionamento normal apesar da turbulência, desenvolvendo propostas para manter a empresa de pé enquanto as lojas remanescentes operam. O cofundador Do Won Chang conseguiu com a JPMorgan e a Chase & Co. um financiamento de 275 milhões de dólares que, alinhado com fundos da altura dos 75 milhões providenciados pela TPG Sixth Street Partners, permite que ela veja com seus credores opções sobre como aplicar a reestruturação do negócio.
Embora a grande causa da queda da rede de fast fashion seja a concorrência do mercado eletrônico, a Forever 21 não é exatamente a primeira companhia a afundar perante o atual cenário. Enquanto aqui no Brasil as vítimas mais célebres foram a Saraiva e Livraria Cultura – que no ano passado também entraram com pedido de recuperação judicial – nos EUA mais de 7 mil lojas já foram fechadas e gigantes do mercado como a Sears e a Toys ‘R’ Us declararam falência.