Mesmo com lançamento reduzido, aplicativo do Disney+ foi baixado 3,2 milhões de vezes nas primeiras 24 horas
Companhia alega que oficialmente mais de 10 milhões de contas foram criadas só no primeiro dia de vida do serviço
Para a surpresa de ninguém, o dia de ontem (12) foi de altas emoções para o Disney+, que enfim realizou seu primeiro lançamento no globo. Mesmo confinando aos Estados Unidos, Canadá e Holanda, o serviço de streaming da Disney enfrentou um primeiro dia recheado de reclamações, desde questões com o catálogo como o erro de formato de grande parte dos episódios de “Os Simpsons” e a inusitada nova versão de “Uma Nova Esperança” até problemas de conexão devido à sobrecarga inevitável de usuários na plataforma – o que levou a companhia a emitir um pedido básico de calma no meio da confusão.
As turbulências não foram suficiente para impedir a plataforma de ter um ótimo primeiro dia, contudo. De acordo com a agência de pesquisa Apptopia, nestas primeiras 24 horas de vida a Plus acumulou cerca de 3,2 milhões de downloads só nas plataformas mobile do iOS e do Android, com 89% das instalações ocorrendo só no território estadunidense – Canadá e Holanda foram responsáveis por respectivamente 9% e 2% dos downloads. Para se ter uma ideia do estrago, a entidade declara que no mesmo período de tempo o app da Netflix foi baixado 662 mil vezes ao redor do globo – e se concentrar aos mesmos território, este número reduz para 140 mil.
[ATUALIZAÇÃO] Pouco tempo depois da Apptopia divulgar seu relatório, Disney anunciou oficialmente que o Disney+ superou a barreira dos 10 milhões de assinantes no primeiro dia. O número é bem maior que as expectativas do mercado, que antecipavam que a plataforma chegaria a algo em torno de 8 milhões de usuários neste período de tempo. Apesar deste informe, a companhia declara que não divulgará mais dados sobre o Plus até a próxima reunião trimestral com seus investidores, em março de 2020 [FIM DA ATUALIZAÇÃO]
Estes índices obviamente são responsáveis por levar o aplicativo do Disney+ ao topo da App Store nos EUA e Canadá, além de ficar com o segundo lugar geral em terras holandesas. Em questão de tempo gasto, a Apptopia afirma que neste primeiro dia o público só nos celulares gastou coletivamente cerca de 1,3 milhão de horas na plataforma, um número que embora superior à audiência total dos aplicativos do Amazon Prime Video e da Roku nos três países incluídos ainda é menor que o acumulado pela Netflix no lançamento – a base de usuários da gigante vermelha assistiu na época seis milhões de horas de conteúdo em seu catálogo.
Além do fator básico de que estes dados pertencem apenas ao aplicativo do streaming para celulares, é válido apontar que estes números obtidos pelo Disney+ no primeiro dia podem ter sido ajudados em parte pela semana grátis de utilização oferecida pelo serviço a novos assinantes. Em outras palavras, só porque uma quantidade assustadora de pessoas baixou o aplicativo nestas primeiras 24 horas ainda não é necessariamente hora da Disney declarar uma vitória importante no mercado – os resultados reais, afinal, devem vir mesmo no ano que vem, quando a companhia apresentar os resultados fiscais deste último trimestre de 2019.
Enquanto este momento não chega, o Disney+ se prepara para as primeiras expansões, respectivamente na Austrália e Nova Zelândia no próximo dia 19 de novembro e em mais países do continente europeu em março. No Brasil, o serviço está previsto para ser lançado no último trimestre de 2020.