Twitter se desculpa por falha que permitiu publicidade segmentada para nazistas
Termos relacionados a discursos de ódio poderiam ser usados para segmentar anúncios na plataforma da rede social
A BBC descobriu uma falha no Twitter que permitia que propagandas segmentassem grupos neonazistas, islamofóbicos e outros que propagam discurso de ódio. De acordo com o relatório, a plataforma de publicidade da rede social permitia que grupos de ódio fossem identificados e selecionados como alvo para uma propaganda.
Apesar da falha, o Twitter tem diretrizes de uso e de comunidade que proíbem propagandas que propaguem discurso de ódio. Essas diretrizes, porém, não estavam sendo aplicadas da forma ideal. A BBC descobriu a falha ao utilizar a mesma lógica da inserção de propagandas para fotógrafos ou “pais de adolescentes”, mas mirando grupos de extrema-direita.
O Twitter se pronunciou oficialmente, pedindo desculpas pela falha: “Nós pedimos desculpas por isso ter acontecido, assim que soubemos da falha, a corrigimos”, afirmou um porta-voz da empresa. “Nossas medidas preventivas incluem a proibição de termos sensíveis ou discriminatórios, e atualizamos essas diretrizes continuamente. Nesse caso, alguns desses termos foram permitidos para fins de segmentação. Isso foi um erro”, completou.
Problemas do tipo surgem de tempos em tempos nas principais plataformas, como o Facebook e o Instagram. Grupos de extrema-direita, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, constantemente utilizam falhas do tipo para encontrar mais adeptos de suas ideologias e propagar seus discursos. Por isso, além de as principais plataformas de mídias sociais constantemente atualizarem seus sistemas e diretrizes de uso, veículos como a BBC continuam a buscar e expor essas falhas.