Plataforma da Comcast, Peacock quer ser a TV ao vivo da guerra do streaming
Previsto agora para ser lançado em julho, serviço contará com oferta de "pílulas" diárias da programação da TV norte-americana
A Comcast e a NBCUniversal realizaram no fim da tarde desta quinta-feira (16) em Nova York uma apresentação que deu novos detalhes sobre o Peacock, plataforma de streaming que o conglomerado agora pretende lançar no próximo dia 15 de julho. E pelo que os executivos da companhia deram a entender, o grande diferencial do serviço será sua aproximação com a dinâmica de uma programação de TV… no streaming.
Organizado em torno de seções (um formato similar ao adotado pelo Disney+ e o HBO Max), a interface do Peacock se divide em três hubs maiores – canais, tendências e navegação – e conta com ferramenta de autoplay para sempre exibir um vídeo enquanto o usuário decide o que irá assistir. Por que? “Quando você abre o aplicativo, ele imediatamente começa a exibir um vídeo, que nem a TV” explicou o presidente do Peacock Matt Strauss no evento.
Mesmo os conteúdos que a Comcast pretende oferecer na plataforma são disponibilizados de forma a lembrar a dinâmica de uma programação dentro das estruturas do streaming. Junto das alardeadas 15 mil horas de filmes e séries previstos no catálogo, o serviço também vai oferecer na área de tendências uma quantidade diária de conteúdos curtos com destaques de assuntos como esportes, cultura e segmentos de notícias tradicionais – até os programas late night terão “pílulas” na plataforma. O formato seria para ajudar os usuários a se livrar da síndrome de FOMO (o famoso medo de ficar por fora do que está acontecendo), mas como bem aponta o The Verge coloca o Peacock no mesmo mercado do YouTube, onde vídeos do tipo são muito comuns.
A seção de canais também funciona próximo a este desejo da Comcast em fazer a “TV do streaming”, dado que a partir dela os usuários poderão navegar pela programação de diferentes canais para saber o que está acontecendo. É a mesma dinâmica da TV a cabo, aplicada agora simultaneamente a programas específicos – o “Saturday Night Live” contará com um “canal” próprio na plataforma, por exemplo.
Além da interface, a Comcast também confirmou que o serviço usará de algoritmo para oferecer ao usuário novidades de acordo com seus hábitos no streaming e que a plataforma usará o sistema desenvolvido pela recém-adquirida Sky na Europa – há mais de 600 funcionários trabalhando na infraestrutura do serviço neste momento. O Peacock contará com 3 planos de assinatura: um grátis, com programação limitada; um no valor de 5 dólares, com todo o catálogo disponível e oferta de anúncios (e que será gratuito a clientes da Comcast); e um de 10 dólares, sem publicidade e chamado pela companhia de “Peacock Premium”.