Sucessor do Vine, Byte lida com problemas de spam em lançamento
Promessa de programa de monetização criou "corrida" entre usuários para se firmar como influencers da rede social
Anunciado no fim de 2018, o Byte que é o sucessor “oficial” do Vine foi disponibilizado na última sexta-feira (24) para o iOS e o Android e já no lançamento parece estar confirmando seu potencial como mais novo sucesso das redes sociais. Criado pelo co-fundador da antes dominante plataforma de vídeos Don Hofmann, o app não apenas pretende ser a nova casa das produções de 6 segundos em loop como também busca oferecer uma base mais firme de monetização a seus criadores – e foi justo sua maior razão de atração que acabou gerando seu maior problema na estreia.
Isso porque a imensa maioria dos vídeos lançados neste primeiro fim de semana de existência da plataforma estão sofrendo com uma enchente de spams nos comentários. O que quebra as pernas é que a esmagadora maioria das mensagens recebidas são convites de usuários aleatórios para seguir seus perfis, repetidos à exaustão em inúmeras publicações.
A razão para isso é o futuro plano de parcerias que a Byte já confirmou lançar para seus creators mais populares, um programa que embora feito para dar sustentação à galera que vive a produzir conteúdo pra rede social também abriu espaço neste primeiro momento a uma “corrida de influencers”. Afinal, se quem tem o perfil mais popular vai ter o canal monetizado, de que custa recorrer a qualquer estratégia para chamar a atenção dos usuários e aumentar sua comunidade?
Com tanta gente reclamando do sem fim de mensagens aleatórias e similares, é óbvio que a companhia não demorou muito a perceber o problema. Em uma mensagem no fórum da comunidade da Byte, Hofmann escreve que a questão no momento é uma “prioridade máxima” da empresa e que ela já trabalha para resolver os entraves, além de garantir que a médio prazo a ideia é introduzir “mudanças mais dramáticas” à seção de comentários como curtidas de mensagens e a opção de moderação aos donos dos posts.
Enquanto esta questão se desenrola, o Byte obviamente se concentra neste primeiro momento em achar pé num mercado de vídeos em redes sociais que hoje é muito distinto daquele encarado pelo Vine entre 2013 e 2017. Além do Snapchat e do Instagram Stories, a rede social hoje também precisa saber se diferenciar da forte concorrência direta da chinesa TikTok, que oferece uma ampla gama de recursos de edição e uma base de usuários que cresce a taxas agressivas, algo que Hofmann busca solucionar neste primeiro momento com o plano de monetização direta – afinal, o app ainda não conta com ferramentas básicas como realidade aumentada e efeitos de transição.