Com coronavírus, cinemas italianos só podem operar com até 30% da lotação
Medida foi sugerida pelo presidente da associação nacional de exibidores da Itália
A epidemia do coronavírus está atingindo vários pontos do mundo. Se, antes, a China era o país mais afetado, agora, a Itália já não está tão atrás. Na semana passada, um jogo do campeonato italiano de futebol, o Calcio, teve uma partida com portões fechados (ou seja, sem torcida), para evitar contágio. A Federação Italiana de Futebol pensa até mesmo em suspender o campeonato até que a epidemia esteja controlada.
Além do mercado esportivo, o cultural também está sendo afetado. A Itália chegou a considerar fechar seus cinemas, por exemplo. Ao que tudo indica, porém, as redes de cinema permanecerão abertas, mas operando sob regras excepcionais: os espectadores devem sentar-se com até três cadeiras de separação entre si.
“Estimamos que, com essa medida, os cinemas poderão operar com 30% de suas capacidades”, afirma Mario Lorini, presidente da ANEC, a associação nacional de exibidores. “Nós esperávamos uma medida muito mais restritiva, e estamos felizes de ver que há espaço para os cinemas continuarem abertos, mesmo que o assunto ainda esteja sendo discutido sem uma solução definitiva”, completou.
A ANEC ainda está conversando com o governo italiano para definir exatamente como a lei deve ser interpretada para garantir a segurança e o conforto dos espectadores. “Muitos detalhes ainda precisam ser esclarecidos, como por exemplo, a distância segura entre os clientes dos cinemas e como isso se aplica a grupos que vão juntos, como casais e famílias”, afirma Lorini. “Mas é realmente muito cedo para dizer algo a respeito. Nós ainda estamos pensando no melhor jeito de abordar a situação e daremos uma declaração oficial assim que estiver tudo acertado”.
Vale lembrar que, na China, não só os cinemas, como toda a indústria cinematográfica foi congelada pelo governo. As redes estão fechadas e todas as produções foram suspensas. O impacto foi imenso. Em comparação aos anos anteriores, a China teve um prejuízo de mais de US$ 200 milhões em apenas dois meses.