Culpado de estupro e crimes sexuais, Harvey Weinstein é condenado a 23 anos de prisão
Sentença é muito maior que os 10 ou 15 anos antecipados por analistas
Foram mais de dois anos entre as denúncias e o processo judicial, mas os dias em que Harvey Weinstein vai pagar por seus crimes enfim chegaram. Na manhã desta quarta-feira (11), o tribunal de Nova York sentenciou o antigo dono da The Weinstein Company a 23 anos de prisão pelas condenações de estupro e crimes sexuais.
Embora Weinstein tenha chegado a um acordo de US$ 25 milhões com um grupo de vítimas no fim do ano passado, o executivo não conseguiu desviar de cinco acusações criminais que foram cobertas no processo ocorrido em Nova York, feitas por Miriam Haley, Annabella Sciorra e Jessica Mann. Condenado desde o dia 24 do mês passado, o réu era elegível a até 30 anos de cadeia, mas especialistas acreditavam que a sentença do juiz James Burke chegaria a algo entre 10 e 15 anos – já a advogada da promotoria do Estado Joan Illuzzi chegou a encorajar que a sentença máxima fosse dada.
Embora não tenha testemunhado durante o processo, o executivo chegou a fazer uma declaração antes da sentença, com a Variety reportando que Weinstein teria expressado “profundo remorso” sobre seus crimes e também atacado o movimento #MeToo por “ter ido longe demais” nas acusações. Ele já está preso na ilha Rikers desde o último dia 5 de março, quando voltou do hospital Bellevue após reclamar de dores no peito.
Além de Nova York, Weinstein ainda precisa enfrentar pelo menos um segundo processo em Los Angeles envolvendo duas mulheres, mas outras ramificações legais permanecem abertas. As investigações sobre a rede de crimes do executivo continuam em curso ao redor do globo, com muitas alegações precisando serem verificadas ou descobertas pelo público.