#MemóriaTemCor: ação da Geledés posta um tweet para cada jovem negro assassinado no Brasil
Proposta da ação é mobilizar o público no combate ao genocídio da população negra, fazendo uma analogia à alarmante estatística de que, no Brasil, um jovem negro é morto a cada 23 minutos

Para marcar o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, celebrado no último dia 21 de março, a Geledés – Instituto da Mulher Negra lançou a campanha #MemóriaTemCor, criada pela Mutato. A proposta da ação é mobilizar o público no combate ao genocídio da população negra, e para isso, um tweet com dados sobre o tema é postado a cada 23 minutos, fazendo uma analogia à alarmante estatística de que, no Brasil, um jovem negro é morto a cada 23 minutos, de acordo com a ONU Brasil e o Mapa da Violência.

A ação teve início na sexta-feira, 20, dia anterior à data instituída para que não se esqueça o genocídio praticado há séculos contra a população negra no mundo. A iniciativa reflete a missão institucional da Geledés, organização política de mulheres negras contra o racismo e o sexismo.

A campanha durou 24 horas, e os temas das postagens lembraram um passado que carrega as memórias e histórias de luta e sofrimento por parte da população negra, e foram frutos de uma curadoria de conteúdo que envolveu pesquisas sobre fatos históricos e dados sobre o genocídio. Também foram colhidos depoimentos e frases de vítimas que sobreviveram à violência estrutural e que, por meio de suas narrativas, ajudam a materializar o impacto de dados tão duros quanto os registrados no Brasil.

A campanha também abordou a pandemia da COVID-19 sob a perspectiva do recorte racial, lembrando que a população negra é uma das mais vulneráveis, pois está sujeita a descasos das autoridades e condições piores de saúde pública.
