5 acertos que definiram o sucesso da 1° temporada de "The Circle Brasil"

5 acertos que definiram o sucesso da 1° temporada de “The Circle Brasil”

Como a versão brasileira do reality show da Netflix superou o original e encontrou sua voz (além de três pontos que podem ser aprimorados para a próxima edição)

por Pedro Strazza
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O sucesso de “The Circle Brasil” pode ser encarado como uma incógnita se considerar o momento que o programa foi ao ar. Em meio ao caos de uma pandemia que forçou o público a se fechar em casa e a explosão do “Big Brother Brasil” nas redes sociais dominando a atenção de todos, a versão brasileira do reality show comprado pela Netflix de alguma forma conseguiu encontrar seu espaço entre a audiência, ganhando buzz ao longo de sua primeira edição a ponto de figurar no top 3 dos conteúdos mais consumidos do serviço de streaming no país.

O programa no caso tem como grande diferencial o fato de ser totalmente realizado no meio digital. Os participantes são confinados em quartos num prédio e só podem se comunicar entre si por meio de uma rede social ativada por voz, o The Circle do título. A partir daí, a premissa é a mesma de outros realities, com provas, eliminações e o campeão vencendo 300 mil reais depois de ser eleito pelos remanescentes como mais popular.

É uma consagração que de certa forma sobrepôs ao desempenho da versão estadunidense, primeiro teste da plataforma com o formato e que já foi renovado para sua segunda temporada. Enquanto o “original” (e entre aspas porque a primeira versão vem do Reino Unido) parece ter alcançado apenas os EUA, o brasileiro não apenas gerou engajamento aqui como também despertou interesse em outros países. A notícia não poderia ser mais excelente para a Netflix: a empresa estreia em abril a edição francesa do programa.

Mas o que exatamente fez o “The Circle” brasileiro ganhar toda essa atenção no streaming? O B9 a seguir lista cinco acertos que foram essenciais para o programa estourar na Netflix e se firmar como reality show de preferência entre brasileiros e estrangeiros – além de listar três pontos que podem ser reconsiderados para as próximas edições da produção.

Vale acrescentar, a partir deste ponto esta publicação tem spoilers da primeira temporada de “The Circle Brasil”.

Acerto: diversidade de elenco

Seguindo os passos da versão americana, a edição brasileira investiu bastante na questão de diversidade para compor o elenco de sua primeira temporada. O detalhe, porém, é que a variedade de perfis não se limitou a um ou outro tema, mas todos: os 14 participantes escolhidos vieram de todos os cantos do país (incluindo o Acre!), tinham identidades sexuais diferentes entre si e até mesmo possuíam corpos de todos os formatos – e manifestavam todas essas características com muito orgulho. Esta pulverização foi essencial para aumentar o alcance do reality e impulsionar a popularidade de alguns dos jogadores como Raphael Dumaresq, que já conta com mais de 120 mil seguidores em suas redes sociais.

Acerto: desinibição

Ainda no processo de escolha do elenco, outro grande fator que acabou muito positivo para o programa foi a completa desinibição dos jogadores durante a competição. Apesar de confinados, a esmagadora maioria dos participantes não se acanhou com as câmeras, abraçando fisicamente a dinâmica dos jogos propostos e as tensões derivadas do contato digital. Inclusive quem adotou essa estratégia do início se deu bem nesta primeira edição.

Acerto: variedade de narrativas

Se o bom reality show é aquele que consegue se transformar no curso de sua temporada, o ano inaugural de “The Circle Brasil” cumpriu com brilho este ponto. Além dos diferentes núcleos da competição permitirem a criação de diferentes torcidas e (mais importante) perspectivas entre a audiência, os temas discutidos também mudaram durante os 12 episódios, seja pelos jogos propostos pela produção ou as próprias atitudes dos jogadores. Isso foi essencial para o programa se manter engajante até o finale.

Acerto: intrigas

Uma diferença vital do “The Circle” norte-americano para o brasileiro é que o último não viu uma união coletiva dos participantes, e o jogo de intrigas criado a partir disso só ganhou força ao longo da primeira temporada. Homens contra mulheres, aliança do norte e nordeste que logo se fragmentou, casais que brigaram entre si… não à toa, quem chegou a final só o conseguiu porque se manteve o tempo todo ativo na formação de amizades e afundamento discreto de potenciais inimigos – e quem não foi esperto neste caminho obviamente ficou pelo caminho, caso de Gabriel Morais e Renan Marconi. JP Gadêlha que o diga, um “quase vilão” desta edição que foi classificado por muitos colegas de manipulador e foi protagonista de algumas das jogadas mais chamativas – dos quais se destaca, claro, a eliminação de Lorayne.

Acerto: fakes vs falsianes

Da coalizão entre narrativas e intrigas, aliás, que surge uma das principais forças do “The Circle Brasil”: a dualidade dos fakes e falsos. Embora a caça aos perfis fakes tenha dominado a primeira metade do jogo, aos poucos a constatação de que a ameaça real não vinha necessariamente de quem estava mentindo a identidade, mas sim daqueles que teciam estratégias contra os outros pelas suas costas – algo verbalizado por Raf com um sonoro “Vocês são tudo falsos” logo antes de seu bloqueio. Ainda que a virada tenha vindo no discurso de eliminação de Paloma Lisboa (que fingia ser Lucas), a adição tardia dos gêmeos Lucas e Marcel Blazute como a personagem Luma ajudou muitos espectadores a perceber rápido esta tendência.

Erro: Giovanna Ewbank

Ainda que a dinâmica do jogo tenha se mantido bastante ágil ao longo de toda a temporada, um ponto que vale ser revisto é a inserção de Giovanna Ewbank no curso do reality show. A apresentadora mostrou ter muito o que oferecer ao “The Circle Brasil” no último episódio – um grande talk show com os participantes onde ela foi capaz de apontar todas as incongruências de seus comportamentos – mas até então sua presença havia sido restrita a comentários muito pontuais da competição. Vale a pena rever o formato afim de permitir que Ewbank pelo menos seja mais ativa enquanto narradora ao espectador, guiando-o pelas diferentes histórias contadas na brincadeira, sem o temor de que ela tome os holofotes para si.

Erro: a final

Um dos principais pontos de discórdia entre o público da versão nacional do reality show no momento parece ser a maneira como o grande campeão foi escolhido. Embora a vencedora em si não seja descabida de merecimento, o processo que levou à sua coroação pareceu frágil, com os cinco remanescentes sendo detentores únicos e exclusivos do destino final da competição – ainda mais porque o jogo terminou fragmentado, o que favoreceu não o mais popular mas quem menos era odiado no grupo. Caso este cenário se repita em edições futuras, é uma boa ideia reconsiderar o procedimento final, além algum tipo de desafio final para apimentar o jogo.

Erro: temporada curta

Por mais que o estilo compacto favoreça seu impacto, a maior frustração do “The Circle Brasil” nesta primeira edição foi a duração. Com 12 episódios divididos em três semanas, a sensação que fica é que a temporada acabou quando tinha acabado de estourar entre o público, com torcidas mal tendo tempo de se engajar com seus jogadores favoritos. Repensar o modelo de distribuição dos capítulos ou (melhor) expandir estes para 16 pode ser essencial ao futuro do programa e à manutenção de seu sucesso.

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