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Depois de adiada pela pandemia, edição 2020 do Cannes Lions é oficialmente cancelada
Organização cita novo foco da indústria na "preservação de companhias, sociedades e economias" como razão maior para a não realização do evento este ano
Na briga entre o Cannes Lions e o coronavírus, a pandemia saiu vencedora. Depois de anunciar o adiamento para outubro há pouco menos de um mês, a organização do evento confirmou na madrugada desta sexta-feira (3) que a edição 2020 foi cancelada devido à continuidade do impacto da doença na indústria publicitária ao redor do mundo. O festival agora só volta a acontecer em 2021, entre os dias 21 e 25 de junho.
A notícia foi divulgada pela organização nas redes sociais do Cannes Lions.
No comunicado oficial no site do evento, os organizadores escrevem que no curso das últimas semanas “se tornou claro a nós que as prioridades de nossos clientes mudaram para as necessidades de proteção do público, servindo aos consumidores com itens essenciais e focando na preservação de companhias, sociedades e economia.”. A decisão final pelo cancelamento também contou com a consulta de empresas parceiras.
“O Cannes Lions em seu cerne sempre foi sobre criatividade e os Leões. Nós entendemos que a comunidade criativa tem outros desafios a enfrentar e não está em uma posição de colocar em movimento o trabalho que vai definir o novo padrão da indústria.” escreve Philip Thomas, presidente do evento, no anúncio; “A indústria criativa e do marketing, assim como muitas outras, estão atualmente envoltas em turbulência, e ficou claro que nós podemos fazer nossa pequena parte ao acabar com qualquer especulação sobre a realização do festival este ano.”.
Como ficou claro no comunicado, o cancelamento do Cannes Lions 2020 acontece na esteira da reação da indústria como um todo ao impacto da pandemia, com milhares de companhias sendo forçadas a readaptar seu modelo de negócios à realidade do isolamento e destinando fundos à manutenção e sobrevivência da sociedade durante a crise. Para além das doações, isso também inclui para algumas marcas o encerramento de quaisquer campanhas publicitárias, um exemplo seguido por grandes como a Ford e a Coca-Cola.