Uber Eats cria ferramenta de doação a restaurantes afetados pela pandemia
Disponível por enquanto nos EUA, recurso também vai fornecer à companhia valor a ser doado a fundos de apoio a trabalhadores que perderam o emprego ou tiveram salário cortado
O Uber Eats vai criar uma nova ferramenta em sua plataforma que permite ao usuário fazer doações a restaurantes de sua preferência e que foram afetados pela crise do coronavírus. Anunciado nesta sexta (3), o recurso também prevê que o Uber pareie os montantes das doações até o valor de US$ 3 milhões pro Restaurant Employee Relief Fund, junto de um adicional de US$ 2 milhões à mesma entidade – o valor doado pelo usuário, enquanto isso, será inteiramente destinado ao negócio de sua escolha.
A novidade por enquanto é restrita a algumas cidades dos Estados Unidos – incluindo Nova York, cujos estabelecimentos foram notificados no início da semana – mas a empresa já confirmou que em breve deve disponibilizar a ferramenta em outros mercados ao redor do globo. Embora não peça o consentimento dos negócios envolvidos na hora de introduzir o botão, o Uber afirma que será fácil desvincular o negócio do canal de doação na plataforma.
O fundo escolhido pela companhia no caso foi criado pela Associação Nacional de Restaurantes nos EUA, grupo que representa em torno de meio milhão de empresas do tipo no país e que criou este canal para auxiliar os trabalhadores que perderam o emprego ou sofreram cortes nos salários devido ao encerramento das atividades de seus estabelecimentos durante a pandemia.
Na plataforma do Uber Eats, enquanto isso, o novo recurso ainda é testado pela companhia, com o The Verge reportando que diferentes valores vem sendo mostrados aos usuários quando a ferramenta é introduzida no aplicativo. Uma imagem fornecida pela companhia mostra que um das opções de contribuição consideradas nos EUA orbita o valor de dois dólares, por exemplo.
O Uber não tem poupado esforços para promover auxílios a sua base de usuários durante a pandemia, sejam eles clientes, motoristas ou entregadores. Com o volume de corridas afetado em mais de 70% nas grandes cidades, a companhia expandiu os pagamentos de licença médica aos motoristas do aplicativo e vem deslocando o foco de seu negócio ao delivery, que ganhou parcerias importantes ao redor mundo esta semana.