Com ameaça de multa de 1 milhão de euros, Amazon fecha armazéns na França
Decisão acontece depois de corte francesa determinar que companhia só pode entregar itens essenciais durante a pandemia, tendo em vista acusações de ausência de medidas de prevenção para funcionários
Depois de ter a ação limitada à entrega de itens essenciais pelo governo na tarde de ontem, a Amazon anunciou nesta quarta (15) o encerramento das atividades de todos os seus armazéns na França. A decisão foi tomada em virtude não apenas das ordens da justiça do país, mas também por conta da multa de um milhão de euros que a companhia está sujeita caso faça a entrega de qualquer item que não esteja enquadrada na diretriz – que inclui apenas suprimentos médicos, produtos de higiene e alimentos.
A notícia foi divulgada no início da tarde nos canais da empresa no país.
Ao The Verge, um representante da companhia escreve que a Amazon fez um “alto investimento em medidas adicionais de segurança para garantir o bem estar dos funcionários” enquanto mantendo a garantia de seus empregos durante a pandemia. “A operação em nossos centros de distribuição são complexas e variadas, e com a multa punitiva de 1 milhão de euros por incidente imposta pela corte o risco era alto demais” continua o porta-voz, que também comenta que a empresa já lançou um recurso contra a decisão.
A decisão da corte francesa no caso se deve a uma onda de críticas à Amazon sobre não instituir medidas de prevenção suficientes nos armazéns, além da completa falta de comunicação aos funcionários sobre a existência de possíveis casos detectados da doença em seus ambientes de trabalho. Com acusações iniciadas nos EUA, a situação ficou mais tensa na França depois que sindicatos submeteram documentos em classe com reclamações gerais da falta de ações do tipo e pedidos de encerramento das atividades.
No comunicado, a Amazon escreve que vai continuar a servir os clientes franceses a partir das ferramentas de mercado e do que define como uma “robusta rede global de atendimento”, mas não chegou a entrar em maiores detalhes sobre as alternativas. A companhia também escreve que a decisão devem “impactar negativamente” aqueles que dependem do funcionamento da sua rede de entregas na região.