Com vídeo simples, The New York Times lembra que a verdade é essencial
"Não é apenas uma gripe ruim. Não é uma arma biológica. Não é uma maneira de controlar a população. Desinfetante não é uma cura"
Sempre certeiro em seus anúncios, dessa vez o The New York Times mostra em um vídeo simples que é imprescindível neste momento combater a desinformação sobre a Covid-19.
O anúncio de apenas 30 segundos intitulado “The The Truth Is Essential” (“A Verdade é Essencial”) refuta uma série de alegações relacionadas à Covid-19, desde a ideia de que a doença é “apenas uma gripe” até a insinuação do presidente Donald Trump de que a ingestão de desinfetantes, como água sanitária, poderia ajudar a combater o vírus.
“Não é apenas uma gripe ruim. Não é uma arma biológica. Não é uma maneira de controlar a população. Desinfetante não é uma cura. Não vai apenas desaparecer. O vírus pode ser contido. O distanciamento social ajuda. Precisamos de mais testes. A ciência é vital. Estamos mais seguros quando estamos informados. A verdade é essencial.“
O anúncio, desenvolvido em colaboração com a agência criativa Droga5, será exibido na televisão, online e nas plataformas de mídia social. De acordo com Laurie Howell, diretora de criação de grupo da Droga5, a principal preocupação na hora da criação era acertar o tom do anúncio: “Procuramos fazer um antídoto simples, sóbrio e metódico para o perigoso mar de desinformação por aí. Sem frescuras, sem distrações, apenas para refletir o que o New York Times pode nos dar a todos: jornalismo de qualidade e verificação dos fatos para ajudar os leitores a entender as coisas neste momento incerto”, explica.
A quantidade de fake news em relação à pandemia é realmente assustadora, a ponto da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgar um relatório sobre o tema, realizado em parceria com a International Center for Journalists (ICFJ), e que mostra como a desinformação vai desde conselhos prejudiciais à saúde até as mais absurdas teorias de conspiração.
De acordo com um mapeamento feito pelo Instituto Reuters e pela Universidade de Oxford, quase 70% das informações divulgadas sobre o coronavírus e que rodam as redes sociais partem de figuras públicas, como influenciadores digitais políticos e celebridades. Desse total, 20% das informações são fake news.