Localização de smartphones mostra que norte-americanos voltaram a se deslocar após reabertura das cidades
Agência especializada em análise de dados de localização mostra que milhões estão voltando a passear e viajar
Mesmo que a pandemia do novo coronavírus ainda esteja longe de terminar, muitas cidades conseguiram, graças ao distanciamento social, às quarentenas e aos lockdowns, superar a crise, e agora, aos poucos, começam a retomar suas atividades. Nos Estados Unidos, algumas dessas cidades já estão, inclusive, reabrindo a maioria de seus comércios.
Agora, a Cuebiq, uma agência especializada em análise de dados de localização, apresentou um estudo mostrando como os GPS dos celulares dos americanos estão registrando esses deslocamentos. Segundo a Cuebiq, milhões de pessoas já voltaram a se locomover normalmente, inclusive viajando para fora do país, em alguns casos. A empresa criou um painel digital que mostra as atividades por todo o território americano. Para acessá-lo, clique aqui.
O aumento no deslocamento começou a se intensificar na última semana, justamente quando algumas cidades e estados americanos começaram a reabrir. Para realizar o levantamento, a Cuebiq determina onde é a “casa” de um celular ao identificar onde ele fica por mais tempo. O passo seguinte é definir o que é um deslocamento para fora de casa, que nos parâmetros da empresa, é qualquer movimentação para além de cem metros de distância do lar do aparelho.
Na Europa, outros países também, aos poucos, se preparam para reabrir completamente. Há, porém, muita cautela para evitar novos surtos de COVID-19. Na Itália, por exemplo, robôs estão sendo utilizados para verificar o uso de máscaras de proteção e medir a temperatura corporal de clientes em comércios.
No Brasil, nossa realidade, infelizmente, ainda é muito distante da reabertura. Os índices de contágio e óbito só crescem, ao passo que o sistema de saúde de alguns estados já está colapsando, o que dificulta ainda mais salvar as vidas de quem contrair o COVID-19. Apesar disso, uma pesquisa mostra que 4 entre 10 brasileiros ainda apoiam o fim do distanciamento social. É difícil imaginar, portanto, que não haja um enorme índice de pessoas furando a quarentena pelo país.