Funcionários do Facebook cobram posicionamento de Mark Zuckerberg contra Donald Trump
Funcionários pedem um posicionamento diferente em relação às mensagens publicadas pelo presidente dos EUA, como tem feito o Twitter
Enquanto os protestos ficam ainda mais intensos nos Estados Unidos, alguns funcionários do Facebook estão pedindo um posicionamento da própria empresa em relação a Donald Trump.
No domingo, 31/05, Jason Toff, diretor de gerenciamento de produtos do Facebook, expressou publicamente sua desaprovação de como a empresa tem lidado com postagens recentes do presidente. O diretor questiona a decisão do Facebook de não tomar medidas contra algumas das postagens recentes de Trump, diferente do que tem feito o Twitter, por exemplo.
I work at Facebook and I am not proud of how we’re showing up. The majority of coworkers I’ve spoken to feel the same way. We are making our voice heard.
— Jason Toff (@jasontoff) June 1, 2020
As mensagens de Trump ocultadas pelo Twitter por conterem desinformação continuam visíveis no Facebook e no Instagram. Em entrevista à Fox News, Mark Zuckerberg disse que não esconderia o post porque “o Facebook não deveria ser o árbitro da verdade” online.
Também no domingo, Mark Zuckerberg postou que o Facebook comprometeu US$ 10 milhões para grupos que trabalham com temas de justiça racial: “Está claro que o Facebook também tem mais trabalho a fazer para manter as pessoas seguras e garantir que nossos sistemas não ampliem o viés”, escreveu o CEO.
No entanto, outros funcionários do Facebook, incluindo a engenheira de software Lauren Tan e o líder da equipe de P&D de produtos Jason Stirman, expressaram a desaprovação com as medidas e o posicionamento de Zuckerberg também pelo Twitter. E o pedido por uma postura diferente do CEO ainda deve continuar.