Depois de novas acusações de censura, TikTok se compromete em promover criadores negros
Respostas incluem conselho de diversidade e mudanças na forma como a moderação é tocada na plataforma
O TikTok anunciou nesta segunda um plano de ação para responder ao criticismo recente dos usuários sobre o algoritmo da plataforma, que vem continuamente preterindo criadores de conteúdo negros em prol do destaque de brancos. Entre as medidas, a companhia prevê a criação de um “conselho de diversidade de creators”, a reorganização das estratégias de moderação, a facilitação de manuseio dos recursos e o desenvolvimento de um novo portal de criadores para expandir as comunicações e oportunidades econômicas da comunidade.
Além destas decisões, o TikTok também confirmou que irá participar nesta terça-feira (2) da Blackout Tuesday, movimento em que diversas companhias do mundo da música irão desligar suas operações e campanhas para promover um momento de reflexão sobre o racismo e as injustiças oriundas do preconceito. Na rede social, isso significa que a página de sons será paralisada e todas as ações e playlists desligadas para que os usuários “tenham um momento de reflexão e ação” dentro do ambiente.
@tiktok To our community, a message from our CEO…
♬ original sound – tiktok
Tudo isso surge poucos dias depois da plataforma ser acusada de restringir o acesso dos usuários a hashtags alinhadas com os protestos nos EUA, com publicações com marcações como #fuckthepolice sendo eliminados dos resultados do buscador – uma prática que a empresa já realizou no passado com criadores queer, gordos e com deficiência.
“Nós gostamos de ser responsabilizados. Nós sabemos que chegar a um patamar de confiança dá trabalho, mas estamos dedicados a fazer nossa parte conforme continuamos a criar um espaço onde todos são vistos e ouvidos” escreve o TikTok no comunicado oficial, redigido pela gerente do território estadunidense Vanessa Pappas e o diretor da comunidade de criadores Kudzi Chikumbu.
A empresa também anunciou uma doação de US$ 3 milhões de dólares a organizações beneficentes dedicadas ao auxílio da comunidade negra e um milhão de dólares extra para lidar com “a injustiça racial e desigualdade”, mas neste caso não deu maiores detalhes de quais empreendimentos e entidades serão beneficiadas da iniciativa.