Procura por férias “domésticas” de meio de ano cresceu, segundo Airbnb
Plataforma também relata que mais da metade das reservas feitas desde o início da pandemia aconteceram em estabelecimentos à distância de uma viagem rápida de carro
Com a pandemia do coronavírus e o distanciamento social firme e forte na maioria dos países, a procura por reservas em hotéis locais para curtir as férias do meio de ano cresceu em 2020 no Airbnb. É o que diz, pelo menos, o CEO da companhia Brian Chesky, que durante uma entrevista ao Bloomberg declarou que o número de reservas feitas nos EUA por estadunidenses entre os últimos dias 17 de maio e 3 de junho foi maior que o mesmo período em 2019, uma tendência que também foi detectada pela plataforma na Alemanha, Portugal, Coréia do Sul e Nova Zelândia.
O movimento também foi relatado por outras empresas do ramo como a Vrbo e a Book Holdings Inc. e representa uma boa notícia em meio à atual crise do segmento, que vê grandes companhias à beira da falência devido às medidas de contenção da doença. No caso do Airbnb, a plataforma ainda relata que desde o início da pandemia mais da metade das reservas no site foram feitas em estabelecimentos até 325 quilômetros distantes do usuário – uma distância que pode ser coberta com menos de 1 tanque cheio de gasolina.
“Depois de ficarem presas em suas casas por alguns meses, as pessoas querem sair do lar; isto está muito, muito claro” diz Chesky ao Bloomberg, ao qual ainda comenta que “Isto não necessariamente significa que elas querem entrar num avião e estão confortáveis em deixar seus países”. As afirmações são corroboradas por Jeff Hurst, presidente do Vrbo: “Se você desenhar uma área de 400 quilômetros sobre qualquer grande metrópole, em todo lugar onde há água, montanhas ou parques nacionais você vai ver as casas começando a ficar lotadas” declara o executivo.
Ajuda muito que pelo menos nos Estados Unidos as medidas de distanciamento social começaram a ser relaxadas em algumas regiões, mas esta tendência do mercado parece depender muito do cenário onde alguns países começam a tentar retomar a rotina mesmo sem a existência de uma vacina para o coronavírus – que alguns especialistas preveem chegar apenas no meio de 2021. Só o tempo dirá se isso é algo temporário ou duradouro no ramo, em resumo.