Por US$ 56 milhões, Netflix compra direitos de exibição do novo filme de Aaron Sorkin
"The Trial of the Chicago 7" chegou a ser da Paramount, mas estúdio desistiu do lançamento depois da pandemia; serviço de streaming também marcou estreia do novo trabalho de Charlie Kaufman
Enquanto a pandemia segue no mundo, os serviços de streaming seguem na luta para conseguir novos conteúdos e manter o catálogo ativo durante um dos momentos mais críticos da indústria. O “vencedor” da vez é de novo a Netflix, que nesta quarta (1) confirmou a compra dos direitos globais de exibição do novo filme de Aaron Sorkin, “The Trial of the Chicago 7”.
O filme de certa forma vem da Paramount Pictures, que até então era dona da distribuição nos Estados Unidos e vinha planejando o lançamento ao redor do globo para o segundo semestre, mas como tudo e todos acabou viu os planos irem por água abaixo com a crise do coronavírus. De acordo com o Deadline, porém, o acordo da Netflix foi feito com a Cross Creek – que é responsável pelo projeto – no valor de 56 milhões de dólares, um valor que cobre todos os custos em torno da produção.
Além disso, a Netflix também anunciou hoje nas redes sociais a data oficial de lançamento de “I’m Thinking of Ending Things”, longa que é o novo trabalho do também roteirista e diretor Charlie Kaufman. O projeto chega ao catálogo da companhia no próximo dia 4 de setembro.
No caso de “The Trial of the Chicago 7”, a produção conta com roteiro e direção de Sorkin e é baseado em cima da história real de um protesto pacífico ocorrido em 1968, durante a Convenção Nacional Democrata. A manifestação ganhou forte repressão da polícia e acabou levando seus organizadores a serem processados por conspiração, um julgamento descrito pela produção como “um dos mais notórios da história dos EUA”. Como é de se esperar, o elenco é estrelado e inclui nomes como Yahya Abdul-Mateen II, Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Alex Sharp, Mark Rylance, Michael Keaton e Frank Langella.
Esta é a terceira ocasião nos últimos meses que a Paramount perdeu ou desovou um de seus projetos para um serviço de streaming. Além de ter vendido no início da pandemia o “Um Crime Para Dois” à Netflix, o estúdio também viu o “Killers of the Flower Moon” virar uma produção original da Apple depois de questões relacionadas ao orçamento do filme de Martin Scorsese – que continua com a distribuição nos cinemas na mão da companhia.
O filme de Sorkin agora deve chegar a tempo das eleições presidenciais estadunidenses, conforme os produtores desde o início almejam estrear “The Trial of the Chicago 7” antes da votação acontecer. Mas enquanto a Paramount até então vinha mirando uma janela de lançamento para setembro, a Netflix pode colocar a produção no catálogo um pouco mais próximo do evento – e já de olho na temporada de premiações, é claro.