Com volume total de 53 milhões de toneladas, produção de lixo eletrônico bateu recorde em 2019
Despejo de restos de eletrônicos subiu 21% em apenas cinco anos
Com o avanço tecnológico e o estreitamento da relação da sociedade com gadgets como smartphones e tablets, é inevitável também que a produção de lixo eletrônico acompanhe o crescimento vertiginoso no consumo tecnológico. O reflexo disso acaba se ter exposto em um relatório internacional, que aponta que em 2019 a humanidade produziu mais lixo eletrônico do que em qualquer outro período da história.
Ao todo, foram mais de 53 milhões de toneladas de lixo, que inclui celulares, computadores, tablets e demais lixos eletrônicos. O índice fica ainda mais preocupante quando constatamos que apenas 17% desse total foi oficialmente reciclado. Os outros 83% foi simplesmente despejado, empilhado ou sequer há registro de seu destino.
O relatório aponta também que a tendência é uma piora no cenário. Em 2030, por exemplo, a previsão é de que a humanidade já esteja produzindo o dobro do que produzia em 2014, por exemplo. A situação fica ainda mais preocupante se lembrarmos que boa parte desse lixo é não só danoso para o meio ambiente, mas tóxico também para seres humanos.
“Nós estamos no início de uma explosão, devido ao aumento da eletrificação que vemos em todo o mundo”, diz Ruediger Kuehr, um dos responsáveis pelo relatório e diretor do Programa de Ciclos Sustentáveis da Universidade das Nações Unidas. “Esse processo começa com brinquedos: se você observar o que acontece no Natal, por exemplo, tudo vem acompanhado por um plug ou bateria. E isso se estende aos celulares, televisões, computadores e demais produtos do tipo”, completa.