Sony deve dobrar fabricação do PlayStation 5 em 2020 para atender demanda da pandemia
Meta seria produzir 10 milhões de unidades do console até o fim do ano, mas logística de distribuição é empecilho
Todo mundo sabe a essa altura que a Sony lança no fim do ano o PlayStation 5, mas é o escopo deste “todo mundo” que no momento salta aos olhos da companhia. Tanto que o Bloomberg reporta agora que a empresa estaria dobrando a fabricação da leva inicial de consoles que chega ao mercado, de olho no que se define como um aumento de demanda gerado pela atual pandemia do coronavírus.
A informação vem de fabricantes e provedores parceiros da Sony, que relatam uma “inflacionada” radical no número de pedidos feitos pela companhia sobre o PS5. Se o plano inicial era lançar o console com 5 a 6 milhões de unidades disponíveis no mercado até março de 2021, a meta no momento indica que a empresa quer iniciar a corrida da nova geração com até 10 milhões de unidades disponíveis para compra no mesmo período de tempo – a produção de controles também foi ajustada.
Se vale a perspectiva, o Engadget relembra que o lançamento do PlayStation 4 conseguiu gerar a venda de 4,2 milhões de unidades no fim do ano de 2013, depois de ter chegado às lojas oficialmente no dia 15 de novembro, e até fevereiro de 2014 ultrapassou a marca dos 5 milhões de consoles comprados.
A Sony não é a única de olho no “fenômeno” atual do mercado. Além da Nintendo ter previamente sofrido com a falta de oferta para o Nintendo Switch e até aumentado a produção do console para atender a demanda crescente nos últimos meses, a Nikkei também reporta esta semana que o Facebook também teria subido em 50% o volume de fabricação do Oculus VR, a fim de chegar a 2 milhões de headsets disponíveis até o fim de 2020.
Embora a pandemia e as medidas de distanciamento social tenham promovido todo tipo de alteração temporária no mercado que garanta credibilidade à expectativa da Sony, a preocupação no momento é saber se o preço inicial do PS5 permitirá uma explosão de consumo em torno do aparelho – até porque as dimensões e específicos sugerem que o console chegará ao mercado a um preço superior a 500 dólares.
O outro problema nesta equação é a parte logística. Enquanto as primeiras 5 milhões de unidades do PS5 fabricadas estariam prontas para chegar às lojas em todo o globo antes da chegada de 2021, os outros 5 milhões de consoles só seriam entregue entre outubro e dezembro, o que significa que a esmagadora maioria desta última leva só conseguiria chegar às lojas no começo do ano que vem – empecilho gerado pela diminuição drástica de voos no planeta, claro, que impediriam a Sony de repetir a estratégia de delivery acelerado de 2013 com o PS4.