Hackeamento que levou Twitter a restringir uso de contas verificadas foi realizado por três jovens de 20 anos
Durma com essa: a segurança de uma das maiores redes sociais do planeta sofreu seu furo mais grave da história pelas mãos de adolescentes
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos decretou nesta sexta-feira (31) a prisão de três jovens na faixa de 20 anos pela invasão em massa de contas verificadas do Twitter realizado no último dia 15 de julho. O crime digital, considerado uma das falhas de segurança mais graves da história da rede social, foi praticado segundo o órgão por Nima Fazeli, de 22 anos e localizado em Orlando, Estados Unidos; Mason Sheppard, de 19 anos e do Reino Unido; e um terceiro integrante de 17 anos de idade que vive em Tampa, também nos EUA.
De acordo com o documento liberado pelo escritório do departamento no Distrito Norte do estado da Califórnia, o último acusado já foi apreendido pelas forças policiais da Flórida e encontra-se sob custódia, acusado de 30 crimes – embora sua identidade não tenha sido revelada por se tratar de um menor de idade. O indivíduo deve ser processado como um adulto, porém, conforme o procurador do Estado Andrew Warren comenta em coletiva à imprensa que ele “não é um jovem de 17 anos ordinário”.
Já as ordens de prisão de Fazeli e Sheppard foram lançadas no horário de publicação desta nota, então se espera que nas próximas horas os dois acusados também estejam apreendidos pela polícia federal estadunidense – o B9 deve atualizar a matéria nas próximas horas com maiores informações.
Em pronunciamento oficial sobre o caso, o Twitter escreveu em seu perfil oficial que “aprecia as ações rápidas das forças da lei na investigação” e que vai “continuar a cooperar conforme o caso progride”.
O caso
Além de ter levado o Twitter a bloquear o acesso geral de todas as contas verificadas, o ataque perpetrado pelo trio conseguiu invadir perfis de inúmeras personalidades na plataforma, incluindo aí nomes como Bill Gates, Jeff Bezos, Barack Obama, Michael Bloomberg e o atual presidenciável estadunidense Joe Biden – sem contar perfis oficiais de marcas como o Uber e a Apple. O ato envolveu a publicação de inúmeros tweets pedindo doações de bitcoins, sob a promessa de retorno com o dobro do valor doado.
Segundo o The Verge, Warren comentou na coletiva que a ação “poderia ter roubado uma quantidade massiva de dinheiro das pessoas”, além de “ter desestabilizado mercados financeiros na América e ao redor de todo o globo”. “Eles tiveram acesso às contas de Twitter de políticos poderosos, eles poderiam ter minado relações políticas e até a diplomacia internacional” chegou a declarar o oficial na ocasião.