Em meio a protestos e revindicações de entregadores, iFood adere a drones para delivery
Por enquanto, drones só serão utilizados em metade da rota das entregas, deixando o pedido com um entregador que finaliza o processo levando até o cliente
Segundo informações da Reuters, o iFood recebeu permissão da Agência Nacional Aviação Civil (ANAC) para a realização de voos experimentais com drones para delivery. Essa é a nova aposta do app de entregas para reduzir o tempo na realização das entregas.
A iniciativa acontece em um momento delicado. Se, por um lado, o uso de drones pode trazer a sensação de mais segurança nas entregas enquanto a pandemia de Covid-19 ainda é uma realidade, e é mais uma alternativa para atender o crescente número de estabelecimentos que estão operando de forma online durante o isolamento social, por outro a novidade chega justamente quando os entregadores reclamam da precarização das condições de trabalho impostas pelas empresas de delivery, e pedem por ajustes e melhorias.
O serviço será operado pelas empresas Speedbird e AL Drones, e os primeiros testes devem começar já em outubro. Por enquanto, os drones só serão utilizados em metade da rota das entregas, deixando o pedido com um entregador que, então, finaliza o processo levando até o cliente.
Os testes serão realizados em Campinas (SP), com um trajeto entre a praça de alimentação de um shopping e uma estrutura do iFood dentro do próprio prédio, totalizando 400 metros. Uma segunda rota também será testada, com 2,5 km, entre o centro do iFood no shopping e um condomínio da cidade.
À Reuters, Roberto Gandolfo, vice-presidente de Logística do iFood, disse que o objetivo inicial do projeto “é utilizar o drone para trazer mais eficiência para a operação logística”.