Ainda existe um futuro a se pensar
Pare rapidamente o que você estiver fazendo. Isso, isso mesmo, esqueça um pouco a mais revolucionária ferramenta de mídia social desta semana, ou a descoberta de que (mais uma vez) alguém copiou a campanha de outrém.
Segure o ímpeto até mesmo de empolgar-se com a mais nova ação de guerrilha que, vamos supor, colocou três beldades no alto de um prédio vestidas de king-kong. Elas podem esperar. São super modelos e, como você deve ter visto por aí, conseguem sobreviver comendo apenas uma folha de alface. O meu pedido de hoje é para que você seja mais do que uma folha de alface, portanto.
Venha repensar seu futuro enquanto espécie. Passagens não incluídas.
Acompanhe comigo que ideia interessante traz para nós, envolvidos com criatividade e sua aplicação nos mundos interativos, o projeto SpaceCollective.org. Mais do que um hype, este aglomerado de pensamentos organizados na famosa estrutura bloguística, têm por objetivo a singela missão de pensar no “futuro de todas as coisas”.
Reunidos em meio a um espírito humanista-positivista, universidades, professores, alunos e indivíduos são chamados a “futurologizar” sobre nossas possíveis novas maneiras de viver, morar, curar-se e evoluir para além de nosso próprio planeta. Sim, acertou quem pensou em “Cosmos”, de Carl Sagan. O astrônomo é citado várias vezes.
O SpaceCollective.org tem vários projetos, um mais interessante do que o outro, além de uma série de vídeos que funciona como introdução para a temática do ambiente, chamada “The Future of Everything”. Separei um dos capítulos por sua inteira consonância (ou dissonância) com os temas tratados por aqui. Acompanhem:
A parte “passagens não incluídas” deste artigo refere-se ao fato de que, a despeito de todas as hypadas maneiras de se co-produzir conteúdo (das quais pedi um afastamento temporário no início do artigo, lembram?), a participação no coletivo só acontece mediante convite. Portanto, não seja tão ingênuo quanto eu, enviando uma mensagem pedindo seu login. :D
Em um determinado momento, confesso, toda a brincadeira soou como no livro “O Culto do Amador”, onde o autor, Andrew Keen, desce o sarrafo nas mídias sociais e sites de compartilhamento de contéudo em geral, classificando-os como assassinos da correta maneira de se produzir conhecimento.
Bem, facções à parte, se Keen é uma leão de chácara chato e repetitivo, o SpaceCollective é um papo inspirador, no estilo “fim de aula de doutorado”, com professores e alunos (além do patrono da instituição) sentados no gramado compartilhando conceitos quase helênicos de tão puros e filosóficos.
Bom, era isso. Ah sim, não tem como finalizar este artigo sem agradecer ao convite do meu Editor-chefe aqui no Brain e deixar registrado um compromisso público de intensa participação. É um prazer estar por aqui!
Voltemos à programação normal. Falávamos sobre o que mesmo?