Com Prime Channels, Amazon converte o Prime Video em agregador de serviços de streaming
Plataforma agora permite que você assine StarzPlay, MGM, Paramount+, Noggin e Looke de dentro do ecossistema da Amazon
A Amazon inaugurou no Brasil no fim da última terça (1) o Amazon Prime Channels, modalidade do Prime Video que expande o serviço para a condição de agregador de plataformas.
O lançamento acontece poucos meses depois da companhia chamar a atenção ao atualizar o aplicativo com o catalogamento de séries e filmes da HBO, um movimento que indicou os planos de expansão. O canal “prime” da WarnerMedia não está listado entre as opções de canais a serem assinados: as plataformas extras incluem o infantil Noggin, o StarzPlay, o serviço de locação Looke e os oficiais de estúdio Paramount+ e MGM.
Embora nenhum dos serviços inclua uma programação do tipo, o Prime Channels nos EUA serve também para a veiculação de conteúdos ao vivo por terceiros, o que reforça a característica do Prime Video enquanto uma “grande TV por streaming”. Além de um teste grátis padrão de 7 dias, todos os canais podem ser assinados e ter a inscrição cancelada a qualquer momento pela versão web da plataforma, tendo o valor somado na assinatura padrão de R$ 9,90 no fim do mês.
Item mais importante, os preços estão disponíveis da seguinte forma:
Looke: R$ 16,90/mês
MGM: R$ 14,90/mês
Noggin: R$ 9,50/mês
Paramount+: R$ 19,90/mês
StarzPlay: R$ 14,90/mês
No anúncio, o gerente do serviço no Brasil João Mesquita escreve que a companhia está empolgada “em trazer ainda mais conteúdo para nossos assinantes Prime no Brasil com o lançamento do Prime Video Channels” e acrescenta que “Ao simplificar a experiência de entretenimento de nossos clientes dentro do aplicativo Prime Video, podemos tornar ainda mais fácil para eles selecionarem, assinarem e desfrutarem de seus programas de TV e filmes favoritos dos nossos parceiros de Channels, como Starzplay e Paramount+”. A Amazon também confirma no anúncio que novas opções devem ser disponibilizadas ao público nos próximos meses.
Para um primeiro momento, porém, é interessante que o Prime Channels tenha conseguido um catálogo de canais que na base expande a plataforma em campos onde ela já estabeleceu o público – o Starzplay traz sobretudo séries do Hulu, a Paramount+ acrescenta “Handmaid’s Tale”, o MGM fortalece o catálogo de filmes nobres e o Noggin e o Looke aumentam respectivamente as opções de conteúdos infantis e filmes de locação. Todos serviços “menores”, que em tese sofrem no contexto atual para atrair assinantes frente a alta competitividade dos nomes maiores do mercado.
O problema é o preço mesmo. Ainda que o objetivo não seja este, se o brasileiro quiser ter todos os canais ele será obrigado a desembolsar 86 reais ao mês – o preço de um pacote de TV a cabo, ou seja.