De acordo com o Google, 57% dos brasileiros estão fazendo mais compras digitais desde a pandemia
Mesmo com o aumento do desemprego no país, para o Google brasileiros estão comprando mais on-line agora do que antes da pandemia
O Google apresentou hoje, 06/10, as principais tendências para a temporada de compras de fim de ano, que tradicionalmente se inicia em novembro com a Black Friday. A empresa também anunciou que vai permitir que varejistas e marcas exibam seus produtos gratuitamente na aba do Google Shopping.
Embora a pandemia de Covid-19 tenha piorado o cenário nacional de desemprego, que aumentou 27,6% em quatro meses de acordo com o IBGE, para o Google a pandemia fez com que boa parte dos brasileiros atravessassem a fronteira que os separava dos canais de compra digitais. Uma pesquisa comandada pelo Ebit reportou um total de 7,3 milhões de novos e-shoppers no primeiro semestre de 2020, um crescimento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. Outro estudo do Google, realizada pela Ipsos, aponta que 57% dos brasileiros afirmam que estão comprando mais on-line agora do que antes da pandemia.
Ainda segundo a empresa, o momento atual também elevou o patamar de conhecimento dos já adeptos ao e-commerce. Esse consumidor aumentou a frequência das compras e tem maior abertura a experimentar tanto novas categorias, como marcas e varejistas. O levantamento Google/Ipsos também mostrou que 80% dos consumidores dizem que sua forma de comprar ainda está alterada devido à pandemia.
Em um contexto de lojas fechadas e isolamento social, o e-commerce registrou a sua maior alta histórica em 2020, com picos de crescimento em datas sazonais como Dia das Mães e Dia dos Namorados. O mesmo se reflete nas buscas no Google. Em 2019, a semana da Black Friday foi o pico de buscas no Google para 72% das macro categorias do varejo. Neste ano, entre os dias 26 de agosto e 22 de setembro, 19 das 29 categorias analisadas pelo Google já registraram um volume de buscas que supera a Black Friday de 2019.
“Uma nova relação com o digital, somada às mudanças de comportamento e o cenário atual, fizeram do consumidor mais consciente de suas prioridades e mais planejado. Para ele, a Black Friday de 2020 será menos sobre comprar somente o que está com um super-desconto e mais sobre fazer bons negócios”, diz Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o Varejo do Google Brasil. “Já para as marcas e varejistas, a data não é um momento apenas para queima de estoque, mas uma oportunidade de lançarem produtos, serviços, formas de se diferenciarem e conquistarem novos clientes”, completa.
Para o Google, o crescimento no volume de buscas se divide em três tendências principais:
- Categorias como Móveis e Decoração, que anualmente registrava o pico histórico de buscas no Google durante a Black Friday, se encontram num patamar acima – 22% e 51% respectivamente – do registrado na última edição do evento;
- Outros produtos tradicionais da temporada de compras, como TV e Vídeo, Telefonia e Eletrodomésticos, estão num patamar de buscas muito acima do registrado antes da pandemia, ainda que abaixo do pico da Black Friday de 2019;
- Alimentos e Bebidas, que não registravam picos durante a Black Friday, estão hoje num novo patamar de buscas, 40% e 23% respectivamente acima da Black Friday de 2019.
Os consumidores também estão mais atentos. Se no passado oferecer bons descontos era suficiente, hoje isso é o mínimo esperado de uma Black Friday. Outros critérios considerados pelos consumidores são descontos por meio de cupons ou de cashback, frete grátis e frete expresso.
Google Shopping
A partir da segunda quinzena de outubro, estará disponível no Brasil a listagem gratuita de produtos na aba do Google Shopping. A novidade havia sido anunciada em abril nos Estados Unidos e agora chega ao país. Na prática, isso significa que quando um consumidor procurar um produto específico, como uma peça de roupa, os resultados da busca exibidos na aba Google Shopping serão, em sua maioria, listagens gratuitas.
Até então, se um e-commerce quisesse mostrar seus produtos na aba do Google Shopping, era preciso fazer o upload das informações por meio da plataforma do Merchant Center e depois veicular as campanhas publicitárias pelo Google Ads. Com a mudança. empresas e varejistas de todos os tamanhos poderão se conectarem com milhões de brasileiros que usam o Google todos os dias para encontrar produtos, sem custo e independente de anunciarem ou não no Google.
Para os consumidores que acessam a aba do Google Shopping, a mudança aumentará a variedade de produtos e lojas ao pesquisarem por um produto, ajudando-os a encontrar o que precisam, com mais facilidade e rapidez, bem como comparar as opções disponíveis no mercado.
Neste ano, o Google também lançou uma série de ferramentas para ajudar varejistas e empresas a conectar consumidores com os produtos que eles têm urgência em receber e, ao mesmo tempo, promover opções de atendimento mais seguras, como os selos “retirada no mesmo dia” e “retirada mais tarde” dos Anúncios de Inventório Local, um formato que mostra no Google Shopping os produtos em estoque de uma determinada loja física. Os novos selos permitem que o varejista indique produtos com opção de retirada na loja no mesmo dia ou que podem ser enviados em alguns dias para retirada.
Além disso, a empresa também lançou a página Categorias em ascensão no Varejo para ajudá-los entender como as demandas dos brasileiros por bens de consumo no varejo nacional estão mudando. Com base no mesmos dados que alimentam Google Trends, o site fornece insights para marcas e varejistas, que terão acesso às categorias que crescem em interesse de busca, os locais onde vêm crescendo e as consultas associadas a elas.