Facebook finalmente começa a banir conteúdo que nega o Holocausto
Após Zuckerberg dizer que não agiria e estudo apontar que algoritmo do Facebook promovia conteúdo antissemita, empresa enfim decide agir
O Facebook finalmente decidiu agir diante de um dos maiores problemas de sua plataforma na última década: a propagação de teorias conspiratórias que negam a existência do Holocausto. Segundo o The Verge, a empresa decidiu incluir o negacionismo do Holocausto em conteúdo de discurso de ódio em suas diretrizes de uso, o que abre margem para banir quaisquer postagens que afirmem que o holocausto não existiu.
Um dos motivos para a mudança de opinião da empresa foi a ascensão do antissemitismo em todo o mundo e o alarmante nível de ignorância sobre o Holocausto, especialmente entre os jovens. Além do banimento, o Facebook também fará mudanças em seu método de pesquisa, a fim de direcionar para informações verificadas todos aqueles que pesquisarem sobre o tema.
Em julho, o CEO do Facebook Group, Mark Zuckerberg, causou polêmica ao afirmar que não excluiria tal conteúdo de suas plataformas. “Eu sou judeu e há uma série de pessoas que negam que o Holocausto aconteceu. Acho isso profundamente ofensivo, mas, no fim das contas, não acredito que a nossa plataforma deveria remover [esse tipo de conteúdo]”, afirmou na época.
Em agosto, porém, um estudo revelou que o Facebook não apenas ignorava a existência de conteúdo antissemita e negacionista em sua plataforma, como também o promovia por seu algoritmo. Segundo o relatório, páginas e postagens sobre o assunto foram impulsionadas pelo sistema. Segundo o The Guardian, o estudo identificou 36 grupos no Facebook, que somam mais de 366 mil seguidores entre eles.
Agora, portanto, o Facebook finalmente decide tomar uma atitude, corrigir seus erros e limpar sua imagem pública – mas, mais uma vez, apenas após ter seus graves problemas expostos ao público.