Mas já? Quibi vai fechar as portas apenas seis meses depois do lançamento
Pandemia e mercado disputado ajudaram plataforma a se tornar a primeira vítima da guerra do streaming
O Quibi foi anunciado prometendo uma revolução no mercado de streaming e consumo de conteúdo multimídia, mas acabou um desastre. Agora, a plataforma de streaming focada no mercado mobile vai encerrar suas atividades após apenas seis meses, de acordo com o The Wall Street Journal.
Alguns fatores contribuem para o fracasso. É inevitável levar em conta a pandemia do novo coronavírus, que mergulhou o mundo em uma crise social e econômica. O Quibi tinha como foco o streaming de conteúdo ao vivo, proposta essa que foi impossibilitada pela necessidade do distanciamento social pelo mundo.
Além disso, por ser focado no mercado mobile, o Quibi acabou entrando em colisão com competidores gigantescos, como o TikTok e o Instagram, que também possuem conteúdo ao vivo pelo recurso de transmissões ao vivo. Com o nicho já dominado por essas duas empresas, o Quibi teve ainda mais dificuldades para encontrar seu público.
Como nota o The Verge, ainda não há informações ou previsões sobre o que acontecerá com a enorme quantidade de conteúdo original encomendado e financiado pela empresa. Notícias dão conta de que o fundador, Jeffrey Katzenberg, já abordou Apple, WarnerMedia e Facebook para tentar vender os direitos de seu conteúdo – mas como os conteúdos não são de posse da empresa elas estariam paralisadas.
Lançado no dia 6 de abril com planos de US$ 4,99 (com propagandas) e US$ 7,99 (sem propagandas), o Quibi viu 90% de sua audiência desaparecer após o período de três meses gratuitos oferecido no início da assinatura. Dos 910 mil usuários iniciais, apenas 72 mil continuaram a pagar pelo serviço.