Walmart desiste de usar robôs para monitorar estoques de lojas
Empresa chegou à conclusão de que mão de obra humana pode executar a função com mesma ou maior eficiência
O Walmart, uma das gigantes do varejo nos EUA, desistiu de utilizar robôs para monitorar seus estoques em lojas. De acordo com o The Wall Street Journal, a empresa chegou à conclusão de que humanos podem fazer o mesmo trabalho com a mesma competência que as máquinas.
Desde 2017, o Walmart estava testando o uso de robôs da Bossa Nova Robotics em 50 de suas lojas. As máquinas escaneavam vários itens ao mesmo tempo e usando projeções em 3D para desviar de objetos e acompanhar as regiões que mantinham os estoques das unidades. objetivo principal era checar por itens mal posicionados ou em falta, para facilitar o trabalho dos funcionários.
A mudança de ideia veio com a pandemia, que fez com que a empresa tivesse que focar suas vendas pelas plataformas online e descobrir que os funcionários também poderiam monitorar estoques e coletar dados com a mesma competência. Agora, a empresa pretende usar seus funcionários para tal função e abandonar o projeto de robôs, bem como a Tesla de Elon Musk fez.
A decisão pela mão de obra humana não é exatamente uma novidade. Em março, o Walmart anunciou a contratação de 150 mil funcionários para atender às demandas durante o período da pandemia da COVID-19. A decisão se deu para apoiar trabalhadores que estejam desempregados durante a crise. As contratações, porém, também mostram uma empresa ainda relutante e incerta sobre essa transição de mão de obra que tem se tornado cada vez mais comum no mercado.
“Nós aprendemos muito sobre como a tecnologia pode ajudar nossos funcionários, facilitar trabalhos e prover uma melhor experiência para o consumidor”, disse um porta-voz ao Wall Street Journal. O Walmart deve manter seus robôs em atividade pelo menos em algumas lojas, mas a tendência, a curto prazo, é que o foco continue na mão de obra humana.