Funcionários da Amazon planejam protestos em 15 países nesta Black Friday
Entre as reinvindicações estão melhores condições de segurança no trabalho, melhores salários e a transparência sobre privacidade e dados do usuários
Amanhã pode ser uma Black Friday atípica para a Amazon. De acordo com a Vice, funcionários da empresa em 15 países estão planejando realizar protestos e greves nesta sexta-feira, 27/11, dia em que acontece oficialmente a Black Friday, um dos maiores eventos de vendas do ano para a empresa. Entre as reinvindicações dos trabalhadores estão melhores condições de segurança no trabalho, melhores salários e a transparência sobre privacidade e dados do usuários.
Tais manifestações na Black Friday não são exatamente uma novidade. No ano passado, por exemplo, trabalhadores de 6 centros de distribuição da Amazon na Alemanha fizeram uma paralisação para denunciar as más condições de trabalho e pedir por uma melhor remuneração. Também em 2019, ativistas ambientais chegaram a bloquear o acesso a um centro de distribuição da Amazon em uma região ao sul de Paris.
Essa, porém, é a primeira vez que os protestos estão sendo organizados em um grande número de países ao mesmo tempo, entre ele Brasil, México, Índia, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. O movimento é denominado #MakeAmazonPay e ganhou mais força ao longo de 2020 graças às sucessivas denúncias contra a empresa durante a pandemia de Covid-19. Em março, a Amazon foi acusada de não notificar os funcionários de seus armazéns sobre os casos de coronavírus detectados nos locais de trabalho.
Em setembro, se tornou pública outra denúncia sobre as condições de trabalha na empresa. Um novo relatório apontou que a taxa geral de ferimentos graves por 100 funcionários dentro dos armazéns automatizados da Amazon foi 33% maior do que em 2016, e quase o dobro do padrão mais recente da indústria.