Itália processa Apple por alegações de iPhones serem à prova d’água
Órgão italiano afirma que empresa utiliza resistência à água de forma agressiva no marketing, mas não garante proteção fora de ambientes controlados
A Autoridade Nacional de Concorrência da Itália (AGCM) está processando a Apple em US$ 10 milhões por problemas com os iPhones que deveriam ser à prova d’água. Segundo o órgão, as promessas da empresa de Tim Cook sobre o smartphone da Apple ser resistente à água não se concretizam no mundo real.
Segundo a acusação, o iPhone só é resistente à água em ambientes laboratoriais controlados, com água pura, ambientes esses que, obviamente, não são encontrados pelos usuários do smartphone no mundo real. A AGCM também reclama do fato de a Apple não oferecer garantia para danos no aparelho gerados pelo contato com a água.
Um dos maiores incômodos do órgão italiano é o fato de a Apple afirmar em sua propaganda que o aparelho é à prova d’água e tratar a característica como um dos grandes diferenciais no marketing pesado da venda do aparelho. As propagandas prometem que o iPhone resiste à água em uma profundidade de até quatro metros.
Segundo as autoridades da Itália, a falta de seguro ou garantia para problemas com água no iPhone quebram artigos do código do consumidor relacionados a “práticas comercias agressivas” e “coerção ou influência indevida”. Em bom português: a Apple não garante reembolso ou assistência para um problema que, na pesada propaganda da marca, não deveria acontecer com os iPhones.
Segundo a BBC, cada violação de artigo do código do consumidor está rendendo à Apple um processo de US$ 5 milhões, totalizando dez milhões de dólares – o que, convenhamos, não é nada para uma empresa do tamanho da Apple. A empresa de Tim Cook se recusou a comentar o processo.