Por US$ 300 milhões, Universal Music compra todas as 600 canções de Bob Dylan

A Universal Music Group anunciou nesta segunda (7) a compra de todo o catálogo de músicas compostas e cantadas por Bob Dylan. De acordo com o New York Times, o acordo previsto na altura de 300 milhões de dólares inclui a aquisição dos direitos de mais de 600 canções do artista, incluindo grandes sucessos como “Blowin’ in the Wind” e “The Times They Are A-Changin”.

Descrito pelo jornal como um sério candidato a maior acordo da história da música, a compra engloba toda a trajetória de 58 anos de Dylan e foi negociada diretamente com o cantor, que desde sempre mantém controle sobre a ampla maioria de suas criações. Além do pagamento, o cantor também receberá todo o lucro proveniente de suas faixas pela Universal.

O mais interessante, porém, é que qualquer composição que Dylan produzir a partir de agora não é de posse da Universal, o que permite a ele trabalhar com qualquer gravadora mesmo depois de faturar um cheque gigante com o grupo.

No comunicado oficial, a dirigente da divisão de publicação do grupo Jody Gerson descreve a oportunidade de representar o trabalho de Dylan como “um privilégio e uma responsabilidade”, enquanto o CEO Lucian Grainge descreve o artista como “um dos maiores praticantes” da arte de fazer música.

Embora Dylan não tenha se manifestado oficialmente sobre a compra, a notícia acontece num momento em que a indústria da música tem visto estes “super acordos” se multiplicarem. Nada é na altura do valor pela Universal ao cantor, porém, conforme o máximo de paralelo é a compra da maioria das ações do catálogo da ex-vocalista do Fletwood Mac Stevie Nicks pelo Primary Wave Music, no valor de 80 milhões de dólares. Outro caso semelhante é do Hipgnosis Songs Fund, que já gastou em torno de 670 milhões para ter domínio de um pacote de 44 mil canções de artistas como Barry Manilow, Blondie e Chrissie Hynde.