União Europeia autoriza fusão de montadoras por trás da Peugeot, Citröen e Fiat Chrysler
Negócio de US$ 38 bilhões forma o Stellantis, quarto maior grupo automobilístico do mundo
A União Europeia aprovou nesta segunda (21) a fusão da montadora francesa PSA e da norte-americana FCA. Enquanto foram pedidas condições para evitar concorrência desleal no setor, a autorização do negócio de US$ 38 bilhões forma o quarto maior grupo automobilístico do mundo, segundo a Folha de São Paulo, com a reunião das europeias Peugeot e Citröen com a estadunidense Fiat Chrysler.
Entre as exigências da União Europeia que a PSA e a FCA se comprometeram a cumprir está a prorrogação do acordo de cooperação da PSA com a japonesa Toyota para criação de veículos leves, além da facilitação do acesso de concorrentes a redes de reparo e manutenção geridas pelas duas companhias no segmento.
A fusão foi aprovada pela união, porém, por criar compromissos que “facilitarão a entrada e expansão do mercado das caminhonetes comerciais leves” e manter a integridade de outras empresas do setor nos países de atuação de ambas as partes, segundo a vice-presidente da comissão responsável pela concorrência Margrethe Vestager. A questão das caminhonetes é essencial porque foi exatamente o ponto que despertou preocupação da união perante o anúncio da fusão, em junho deste ano.
Com a aprovação da UE, a fusão da PSA com a FCA está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2021. O movimento vai gerar a criação de um novo grupo, batizado de Stellantis. O conglomerado será o terceiro maior em faturamento no meio, além do segundo maior em tamanho na Europa – atrás apenas da aliança entre Renault e Nissan. De acordo com a Forbes, a burocracia da Stellantis confirma custos operacionais totais de US$ 6 bilhões e que na prática a aquisição é da FCA pela PSA.