Depois do fracasso, Quibi agora negocia compra do catálogo pelo Roku
Caso acordo aconteça, séries e reality shows seriam exibidos no Roku Channel, nova aposta da companhia no streaming
[ATUALIZAÇÃO: 8/1] O Roku confirmou a compra do catálogo do Quibi. Saiba mais aqui. [FIM DA ATUALIZAÇÃO]
Faz pouco mais de um mês que o Quibi admitiu derrota e oficialmente encerrou suas operações, pondo fim a uma trajetória pífia de seis meses de vida. O problema agora é lidar com o imenso catálogo de conteúdo do serviço, que desde a morte prematura da companhia está sem casa para ficar.
O destino pode ser o Roku. De acordo com o Wall Street Journal, os responsáveis pelo Quibi estariam em negociações avançadas com o que hoje é a “terceira via” dos dispositivos de streaming, que agora estaria investindo na própria plataforma apoiada por anúncios, o Roku Channel. Nada está garantido e um valor não foi revelado pelas fontes do jornal, mas o negócio envolve a aquisição dos direitos de todos os títulos originais do Quibi.
Enquanto do lado do falecido a possibilidade de um acordo representa um desfecho importante para uma novela envolvendo suas produções (que já foram oferecidas a gente do porte do Facebook e da NBCUniversal), do lado da Roku é uma jogada interessante do ponto de vista de rechear de conteúdo um serviço que já chega bem atrasado no mercado de streaming. Embora esteja em pleno ritmo de expansão para o resto do globo desde julho de 2019, o Roku Channel não conta com o alcance histórico e o nível de financiamento de uma Disney ou WarnerMedia para bancar a aposta na produção de conteúdo, então a compra de catálogos externos vem com um substituto importante na equação.
Vale acrescentar neste momento que o Quibi pode ter sido um fracasso e nenhum dos seus programas chegou a ganhar tração, mas não é muito difícil imaginar que produções como “The Most Dangerous Game”, “50 States of Fright” e “Thanks a Million” ganhem tração numa plataforma com maior exposição. É a mesma possibilidade que o mercado viu se materializar nos últimos tempos com “Cobra Kai”: se no YouTube o reboot da franquia “Karatê Kid” nunca decolou, depois de ser vendido à Netflix o seriado se tornou um fenômeno global de audiência com múltiplas semanas na liderança de rankings dos mais assistidos do streaming.