Disney+ chega a 94,9 milhões de assinantes e bate em 14 meses meta de 4 anos
Disney segue determinada a lançar "Viúva-Negra" nos cinemas, enquanto isso
A Disney realizou no fim da tarde da última quinta (12) sua reunião fiscal trimestral com os acionistas e confirmou que o Disney+ segue batendo expectativas e crescendo a taxas impressionantes. O principal serviço de streaming da companhia possui 94,9 milhões de assinantes no mundo desde o último dia 2 de janeiro, um número que ajuda o estúdio a acumular um total de 146 milhões de assinantes em todas as suas plataformas – incluindo por enquanto o Hulu (39,4 milhões) e o ESPN+ (12,1 milhões).
Os totais impressionam principalmente por acelerar os planos do conglomerado no mercado. Além de ter somado mais 8 milhões à Plus desde dezembro, a Disney também conseguiu bater em 14 meses a meta original de somar 90 milhões de usuários para a plataforma até o ano de 2024 – o que sugere que a marca atual de 230 a 260 milhões de usuários em 3 anos não é tão fora da casa assim.
O cenário está longe de ideal para a Disney, porém. O relatório divulgado aponta que a empresa registrou um lucro total de 17 milhões de dólares nos últimos 3 meses de 2020, abrindo uma queda percentual de 99% na renda em comparação ao mesmo período em 2019 – que fechou com 2,11 bilhões de dólares nos cofres do conglomerado. O dano maior vem da divisão de parques, claro, que perdeu 53% da receita com o prosseguimento da pandemia e afetou a receita total, que por sua vez recuou 22,2% em relação ao ano anterior e chegou a 16,25 bilhões de dólares.
Faz todo o sentido então que a companhia continue a deslocar esforços para o streaming nos próximos meses, e o próximo trimestre de fato será cheio: o canal Star estreia na Europa, Canadá e Nova Zelândia, o estúdio vai voltar a experimentar o Premium Access com “Raya e o Último Dragão” e o Disney+ ainda tem as exibições de “WandaVision” e “Falcão e o Soldado Invernal” para aumentar seus números.
Uma carta continua fora deste baralho, porém, e se chama “Viúva-Negra”. Apesar dos rumores de uma estreia na Plus crescerem nas últimas semanas perante as novas quarentenas declaradas ao redor do globo, o CEO Bob Chapek voltou a afirmar que o próximo filme do Marvel Studios (e portanto o próximo grande lançamento da companhia) segue previsto para ser exibido nos cinemas, comentando que a Disney “monitora com muito cuidado” a situação para entender “se a estratégia precisa ser revisitada”. Os fatores envolvidos na equação, segundo Chapek, são a quantidade de cinemas fechados nos EUA e a demanda do público pela experiência cinematográfica em meio ao prosseguimento da pandemia, uma fala que denota silenciosamente o caráter de teste em torno do lançamento de “Raya” no streaming.