Twitter bane grupo de extrema-direita Project Veritas
Organização promoveu campanha de desinformação sobre fraude nas eleições e foi banida por expor informações pessoais de executivo do Facebook
O Twitter deu mais um passo em sua política de não tolerar rompimento das diretrizes de uso da plataforma. Agora, o grupo de extrema-direita Project Veritas teve sua conta permanentemente suspensa por repetidamente violar a política de privacidade da rede social. O fundador do grupo, James O’Keefe, também teve sua conta restringida temporariamente.
Tudo começou quando o New York Times noticiou que o grupo estava assediando pessoas na rua. O Project Veritas havia divulgado, em suas redes, um vídeo de um membro da equipe indo até a casa de um executivo do Facebook fazer perguntas. Posteriormente, O’Keefe admitiu que o grupo postou sim o vídeo, mas negou que tenha compartilhado qualquer informação pessoal – minimizando, claro, o fato de ter exposto exatamente onde morava a pessoa assediada por seu grupo.
Após temporariamente restringir a conta de O’Keefe, o Twitter afirmou que ele precisaria deletar uma postagem que violou as regras de uso da plataforma para poder voltar a tuitar. Não foi especificado qual foi o tweet, mas aparentemente, O’Keefe concordou, já que já recuperou sua conta. A conta do Project Veritas, porém, continuará suspensa.
O grupo tinha participação ativa no Twitter, e tinha figuras políticas importantes entre seus seguidores, como o ex-presidente americano Donald Trump. As táticas do grupo, porém, ultrapassam limites éticos e legais. Em um de seus vídeos, o grupo defende a tese comprovadamente falsa de que houve fraude nas eleições americanas, e chegou a ser acusado de promover uma “campanha de elite de desinformação coordenada”.
