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★ Cripto Arte: como os NFTs promovem a revolução digital no mundo das artes
O que são, como funcionam e de que forma os tokens não fungíveis estão mudando a maneira como se consome arte no mundo de hoje
Se você está nas redes sociais, provavelmente ouviu falar das NFTs em pelo menos duas ocasiões nas últimas semanas. O assunto bombou e não à toa: o Kings of Leon lançou uma versão especial de seu novo álbum com os tokens, a Pringles “criou” uma edição virtual de suas batatas e claro, as obras digitais que vem rendendo pagamentos consideráveis a artistas conceituados como Beeple.
São exatamente as somas envolvidas na comercialização que chamam tanto a atenção e despertam curiosidade em torno dos NFTs. O noticiário cansou de reportar os valores exorbitantes obtido com os tokens, desde o meme do Nyan Cat que foi comprado por R$ 3,1 milhões ao primeiro tweet da história do Twitter, vendido pelo CEO Jack Dorsey por inacreditáveis R$ 16 milhões. Os números são altos, e para quem olha de fora o cenário pode parecer mesmo um imenso planeta alienígena a princípio.
Mas afinal, o que são NFTs?
NFT no caso é uma sigla para token não fungível, o que em outras palavras significa que ele é um lastro único e não divisível. Uma comparação fácil são os carros: quando você compra um veículo, ele pertence a você e a mais ninguém, mesmo que existam várias unidades no mundo que sejam idênticos.
Nesse exemplo, o NFT não é o carro, mas o chassi que o torna individual perante outros idênticos a ele. É ele que garante especificidade ao que quer que ele esteja ligado, uma conotação que naturalmente agrega valor a tal – e quanto mais valioso for o item identificado, maior fica o preço envolvido. O token existe como um certificado de legitimidade: podem existir inúmeras cópias virtuais daquele arquivo ou peça, mas a identificada existe como “original”.
Para o mundo da arte, este aparato é uma verdadeira revolução ao modo de produção, pois enfim cria os meios para tornar uma criação única num mundo de réplicas. Com as NFTs e seu modelo de autenticação via blockchain, músicos, artistas e até criadores de memes podem identificar uma peça como a “obra original” sem perder o potencial viral da internet, vendendo-a por preços altos enquanto esta continua a existir nas redes sociais em forma de “cópias” – o melhor dos dois mundos, portanto.
A partir daí as aplicações são diversas. Para a arte, a tecnologia se converte num modelo de negócios, repetindo o esquema de uma casa de leilões no mundo virtual com toda a escala que este o permite. Para o blockchain, elas reforçam as possibilidades de uma economia descentralizada; e para os artistas, é uma forma de reforçar autoria sobre suas peças e aumentar o potencial de compra e venda destas, tornando-as em verdadeiros ativos digitais.